segunda-feira, 31 de maio de 2010

DISTORÇÕES E MAIS DISTORÇÕES

A banda:

THE TWILIGHT SAD

A ilha da rainha sempre foi conhecida por colocar uma certa dose de loucura bem vinda quando o assunto é distorção. Mas são sempre os escocesses que muitas vezes extrapolam a velocidade.
E esse quarteto mantém uma poderosa cozinha que normalmente explode em acordes muito pesados. Na mesma linha de evolução de Mew e Boxer Rebellion, mas com uma pazinha de Interpole e muito Mogwai
Essa mistura toda poderá ser vista por completo no EP novo da banda que foi retirado do disco FORGET THE NIGHT AHEAD, que é uma maravilha para qualquer fã do famoso noize. Muitas distorções aterrisando em letras pesadas e guitarras demolidoras. Aqui no GD o clip de SEVEN YEARS OF LETTERS, da banda que já excursionou e tem dois remixes feitos pelo Mogwai prontos.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

MASTERIZADO POR JOÃO CARVALHO

Mais ecos dentro de uma máquina do tempo....

TIM GILBERTSON

O músico canadense de apenas 23 anos tem um pé no power pop, mas suas influências vão muito além de Modest Mouse. Quando os primeiros acordes da canção que você vai ouvir no GD, CHIPPED TEETH tocarem suas membranas auditivas um alívio vindo de tons que um dia pertenceram aos Replacements vai fazer com que seu rosto relaxe e deixe-se ser levado pela leveza em forma de peso dos riffs bem posicionados de Tim.
O disco PALISADE que é o nome de uma montanha no terra mãe do cantor, o Canadá, acaba de sair e vem com uma enorme sonoridade que leva a música menos para as experimentações e muito mais para os bons sons de um passado muito bem feito.
Chipped Teeth é uma canção que faz bem e não precisa de muita coisa para se tornar um dos hits desse ano (se é que alguém ainda precisa de hits). Confere aí:







PROFUNDEZAS HISTÓRICAS ATUAIS

Tudo soa familiar....

Quem???

MODERN TIME MACHINES.
Não são apenas de citações que se faz uma boa banda de rock. Muito vale a capacidade de mostrar que além de terem aprendido alguma coisa com seus ídolos, conseguem traduzir para os tempos atuais referências de alguns anos passados.
E parece que o quarteto californiano, consegue juntar bem as notas de tempos shoegazianos com uma octaedra explosão sonora de um pós punk mais comportado, mas não menos visceral. A banda também encaixa-se no quesito independência, pois estão desde 2006 na estrada mas ainda fazem tudo no esquema nós trabalhamos e lutamos sem gravadora.
O próximo disco da banda vai sair em breve e terá a produção de Josiah Mazzaschi (Light FM, Tigers Can Bite You, The Pity Party).
Aqui no GD você ouve a inédita DWEEB







quinta-feira, 27 de maio de 2010

O INESPERADO RITMO MATEMÁTICO

Parece que não vai dar em nada, mas.....

SHARKS IN THE DARK.
Não você não está ouvindo o novo projeto do ex-vocalista do Information Society. O timbre de voz á apenas parecido. Mas acombinação do chamado rock matemático com uma sonoridade de pista de dança, faz com que esse trio de Essex (Inglaterra) e seu single de estréia (Grandeur) que chega ao mundo no dia primeiro de junho desse ano, seja uma das coisas bacanas de ouvir nesses meses onde existem pessoas que não conhecem o Velvet Underground.
Muito boa é a cadência do som que você escuta aqui no GD, COMPUTERS. Quando tudo parece permanecer igual, a banda inicia uma epilepsia de ritmos e guitarras cortantes que além de permanecerem por todo o resto da canção, vão ecoar dentro de suas artérias inchadas de pancadas de pista.





O JEITO ANTIGO

O bom e velho jeito de fazer as coisas:

A banda:

NAKED HEARTSFoto de: Nina Westervelt

A dupla de Nova Yorke formada por Amy Cooper com sua voz de musa de domingo e uma guitarra que tem o peso extra na medida certa, acompanhada do baixo, bateria, vocais e harmonias de Noah Weeler já desde 2009 estavam fazendo tudo da maneira mais seminal possível. Muitos shows em bares pequenos e lugares mais lado B. Um barulho que acabou ressoando nas caixas auditivas do pessoal que é viciado em música. E quase um ano depois do início seminal a banda vai lançar seu EP de estréia chamado MASS HYSTERIA, que conta com a produção de Matt Boynton.
Em um mundo onde os computadores dominam a cena é primordial que uma banda que tenha essa sujeira toda em seu som exista. Um muro de acordes bem centrados , mas com poder de retirar de seu cérebro a última gota de líquor das aracnóides.
Confere os dois singles de estréia da banda, MASS HYSTERIA e CALL ME. E como o peso é primordial!!!!!!

MASS HYSTERIA










CALL ME







terça-feira, 25 de maio de 2010

Uma banda puxa outra......

Quem??

THESE GHOSTS

Nascidos dentro do myspace em 2010, o trio londrino mostra que ainda terá muita lenha para queimar. Misturando a matemática dos Foals com a intensidade de guitarras típicas de bandas que podem fazer seu dia uma caminhada muito mais bacana.
O disco de estréia, YOU ARE NOT LOST, YOU ARE HERE está quase chegando e pelas notas destiladas em canções como Luna ou This Is, já pode-se perceber que os fantasmas estão além de se divertindo, caminhando pelas areias incandescentes de bandas como Mew ou o Bombay Bicycle Club.
Aqui no GD você pode ver o ouvir o primeiro single da banda queridinha dos Kabeedies, a canção LUNA. E é bom se preparar porque poderemos ainda ouvir muito sobre essa banda.




segunda-feira, 24 de maio de 2010

BELAS FAMILIARIDADES

Quando eu vi a notícia hoje lá na BBC 6 algo me pareceu familiar com a banda. Como um dos flash backs do final de Lost ontem.....


THE LIKE
A familiaridade foi porque já tinha escrito sobre a banda no blog antigo. E porque quando a propaganda da Target foi colocada na internet, já sabia que o vídeo era com o ex trio californiano que tornou-se um quarteto no decorrer desses seis anos de banda.
O disco novo que vai se chamar-se THE RELEASE, tem a produção de Mark Ronson, cidadão que já realizou trabalhos com Lily Allen.
Mas se existe uma diferença muito grande entre os dois artistas produzidos por Mark. O The Like tem uma capacidade singular de criar canções que grudam em seus ouvidos com muito mais inteligência e picardia do que Allen.
Uma prova disso são os dois singles do lançamento do disco novo, tanto FAIR GAME como HE'S NOT A BOY são duas músicas que poderiam estar tanto nas festas mais descoladas quanto nas mixtapes mais baixadas por aí.
Uma irresistível combinação de riffs e batidas que farão você não conseguir ficar parado. E mesmo sendo tudo muito clean não se torna entediante.

FAIR GAME









HE'S NOT A BOY







sexta-feira, 21 de maio de 2010

1,2,3,4.......

E vai lá meu Brasil!!!!!

A banda:

THE MIDNIGHT SISTERS
Você indie nacional de carteirinha, frequentador assíduo do baixo Augusta pode até torcer o nariz para as bandas que cantam em inglês. Mas a clareira aberta pelos Forgotten Boys, quando usavam o idioma de Tio Sam com aquela sujeira espetacular de garagem foi uma benção.
Com o caminho exposto, muita gente com uma urgência nos três acordes, de diferentes lugares e estações de força estelares chegaram com sede de derretimento cerebral.

O quarteto formado por: Calvin Kilivitz (voz), Louis Daher (guitarra e voz), Gabriel Melillo (baixo e voz) e Nico D'Angeli (bateria) logo de cara te confunde.
Quando vi o perfil da banda no twitter tinha certeza que tratava-se de um espécime de terra estrangeira. Espantado fiquei ao saber que o lar doce lar deles é São Paulo, assim como também ao tentar definir o som da banda.
As tonalidades vem de diferentes lugares, sejam eles os anos 70 com o pré punk de New York Dolls ou MC5 ou uma estrada mais garageira dos anos 90 e 00. Na verdade isso não importa, porque a banda não se encaixa muito no que pode-se definir como cena indie (por mais que todo mundo vá querer coloca-los lá) e ao olhar para a declaração da banda no Facebook "que somos metidos à besta demais para sermos indie" já sabemos que é ponto à favor.
O disco de estréia da banda foi produzido por Chucky Hipolitho (ex-Forgotten Boys) e se chama WHATEVER HAPPENED TO JACKIE FAYE. Uma compilação poderosa de guitarras e sons extra sensoriais. O single do disco com as faixas FIRE WALK WITH ME (baseada na seriado Twin Peaks de David Lynch) e BLOOD ON THE GARDEN pode ser baixado no site da banda (é só clicar no nome deles aí do seu lado esquerdo nas BANDAS CITADAS).

E aqui no GD você escuta a sensacional BLOOD ON THE GARDEN (D'Angeli/Daher/Grando/Melillo/Moreira), e atenha-se ao detalhe dos bem colocados backing vocals.







quinta-feira, 20 de maio de 2010

VAI UM SCRATCH AÍ!!!!!


Bom essas aí embaixo são as duas novas músicas do ARCADE OF FIRE.
THE SUBURBS
e MONTH OF MAY. O truque aqui é fazer o mouse correr em círculos e ouvir as duas canções. Quando você clica no nome do lado B automaticamente o disco roda e você pode repetir o processo para ouvir o outro lado.
Divirta-se



A. The Suburbs




AA. Month of May

quarta-feira, 19 de maio de 2010

MAS JÁ FOI?????

Tem mas acabou......


THE KING LEFT
2010 marca o término (pelo menos temporário) dessa banda de Nova Yorke que tem uma urgente mania de montar riffs secos e pesados. Mas com a vontade do guitarrista Mark Glossom de renovar o espírito em outras pradarias sônicas todo o resto do exército de Brancaleone roqueiro resolveu que era a hora de retirar-se. Uma pena, afinal de contas um naipe de serras elétricas que transpassam seu córtex, embebecidas em tempos de bateria que lembram tiros atômicos não é sempre que permanecem soltos para se ouvir por aí.
Toda a discografia da banda é marcada por essa forte levada de rock de garagem dos anos 90, mas sempre visando algo mais atual estacionado na década passada. Não existe enrolação é rock e ponto final.
O último disco da banda pode ser baixado gratutitamente no site deles (vá na coluna lateral do blog em BANDAS CITADAS e clica), no famoso esquema pague o quanto quiser. Aqui o GD te mostra um dos singles desse poderoso registro, THE WAY TO CANAAN.







ELETRO MINIMALISTAS

Música eletrônica pode ser genial na mesma medida do maçante......

A banda:

PALLERS
A dupla sueca formada por Johan Angergård (Club 8) e Henrik Mårtensson acerta em cheio quando não busca reviravoltas supersônicas no single da banda, lançado pela gravadora Labrador Records.
Com várias remixagens na bagagem a dupla aposta em uma visão mais minimalista da eletrônica, como se o importante fossem as notas em profusão binária constante e de clima crescente. Como se fusões atômicas nanônicas fossem aos poucos mostrando colorações mais e mais reluzentes dentro de uma retina que se dilata mediunicamente.
Não existe muita capacidade de resistência dentro de sua cadeia genética quando os primeiros sons do single THE KISS começarem a arrastar suas sinapses para o mais traquilo local dentro de sua viagem matrixiniana.
Ouça sem prejuízo auditivo......

THE KISS








terça-feira, 18 de maio de 2010

MUITO ALÉM DA VOZ COXINHA

Não se engane.....

A banda:

EVEREST
Foto: Dominic DiSaia


Reza a lenda vigente de que o nome da banda de Los Angeles (que corre na contra mão das experimentações rock eletrônicas feitas naquelas pradarias), foi tirado de outra lenda:
A de que o nome do disco Abbey Road dos Beatles seria chamado de Everest.
Russell Pollard, Jason Soda, Joel Graves,Elijah Thomson, Davey Latter poderiam ser facilmente confundidos como uma banda coxinha, muito pelo timbre de voz muito parecido (para não dizer igual) de Russel com o de Chris Martin do Coldplay.
Mas não se engane, pois a banda que já tocou com Neil Young e Wilco, faz uma irrefutável armadilha ventricular quando mistura riffs malemolentes e uma sonoridade pós punk funkeada. Com refrões muito além do assoviável, o Everest corre o risco de ser uma daquelas bandas que você vai querer ouvir sem parar. Esquece o Chris Martin, ele que copia o Russel Polard e além do mais a banda de L.A. é muito mais bacana.....
LET GO , single do disco On Approach que saiu a semana passada é uma maravilha auditiva. Pode deixar o fêmur balançar!!!!!











segunda-feira, 17 de maio de 2010

DISCO DE UMA NOTA SÓ

A banda de um disco só:

BRAKESNo site da banda, eles se auto proclamam responsáveis pela eleição de Barack Obama. Muito longe das megalomanias sempre presentes nas bandas, o quarteto inglês de verdade fez apenas um e único disco bom. A estréia com GIVE BLOOD, foi aclamada pela quantidade feroz de canções rápidas e divetidas. Pop rock da melhor qualidade, mas que com o passar do tempo a banda foi diminuindo o ritmo até quase não existir mais movimento em direção à gravação de um disco mais recente.
Pelo menos ainda sobraram os tons inusitados e divertidos como por exemplo ALL NIGHT DISCO PARTY




ALQUIMIAS INEXATAS

Versatilidade é uma palavra que normalmente preenche espaços de adjetivo quando se ouve esse rapaz:


ADAM GREEN:
Nascido na barackolândia, iniciou sua carreira dentro das rádios universitárias americanas. Não demorou muito para que as diferentes aproximações feitas pelo músico em setores diferenciados chamassem as atenções dos ouvidos mais atentos.
Mesmo sabendo que em sua terra natal os artistas que seguem a mesma linha de alquimia de Green tem muito mais possibilidades de mostrarem-se, o músico mudou-se para a Alemanha. Fundou então uma compania de teatro, onde produziu uma peça de balllet. E seu currículo nas artes ainda contou com a participação de sua banda o Moldy Peaches na trilha sonora de Juno, com essa canção:



Mas não é apenas de um Grammy que vive Adam, após isso já realizou seis discos solo. O mais aclamado veio o ano passado (Minor Love), e esse ano vem aí MUZIK FOR A PLAY. Totalmente instrumental com uma tendência ao clássico moderno sem precedentes dentro do mundo alternativo. Ouvir esse novo registro de Adam é se transportar para o cenário de qualquer encenação de peça nos tempos de Shakespeare.
O disco de 2009 contou com a participação de Rodrigo Amarante do finado Los Hermanos e agora do vivo Litlle Joy.
Ouça aqui no GD CASTLES & TASSELS e corra atrás de tudo que puder desse sem exagero gênio....















sábado, 15 de maio de 2010

PARALELOS IMPORTANTES

Projetos paralelos, sempre eles.....

ROLLERSKATERS
Andrew McKee estava no primeiro ano de faculdade, quando conheceu seu parceiro na banda que é uma das apostas desse ano o THE YOUNG FRIENDS (um conglomerado de surf music dos anos passados musicados por uma molecada internética).
E nem ao menos o disco de estréia da banda saiu (HELLA) e Andrew já mostra uma primeira canção de seu projeto solo, o Rollerskaters. E se a banda oficial tem um pé na areia, o projeto foge das marés e se mostra muito mais focado em experimentar um pop eletrônico fluente e com desvios de alquimias beckianas em pequena quantidade, talvez para não deixar tão escancarado assim a influência nítida.
Não existe a maestria jedi de Beck, mesmo porque superar o mentor do Record Club seria uma pretensão muito grande, mesmo para um músico talentoso como Andrew, mas a canção de estréia SLEEP TIGHT tem uma cadência cativante temperada pela letra fácil mas de ritmo que desperta no mínimo a curiosidade de se ouvir mais notas.
Bom som de estréia, mostra que existe sim uma leva de jovens músicos mais interessados em fazer boa música e menos pasteurizações de coisas antigas.
Ouça aqui no GD o single de estréia dos Rollerskaters, SLEEP TIGHT:

ATUALIZAÇÃO: a banda liberou mais um single, a canção é BOYHOOD que você pode ouvir a baixar depois do clip.





Boyhood / Rollerskaters by GDO2

quinta-feira, 13 de maio de 2010

E COMO UMA MUSA NUNCA É O BASTANTE....

Tá eu confesso que tenho uma certa queda por meninas em bandas com vozes melancolicamente formadas por faringes apaixonantes!!!!!!

A banda:

THE HUNDRED IN THE HANDS
Eles vem do Brooklyn (ah vá!!!!), misturando ritmos psicologicamente alterados de um estilo que pode-se chamar de trip hop às avessas. Sim, porque é um dueto eletrônico (Jason Friedman e a musa da semana Eleanore Everdell), mas a musicalidade tem vários tentáculos voltados para o pop que nasceu naquela caverna de luz em Liverpol ou no bairro onde os Kinks perambulavam nos anos 60.
São duas faces distintas dentro de uma mesma massa sonora. Um lado escuro mais pesado mostrado nas guitarras distorcidas clinicamente, da canção Dressed In Dresden, e um lado eletrônico claro repleto de hipnoses em formas de cordas vocais como na canção que você ouve aqui no GD, GHOST.
O Yin e Yang do pop repleto de equilíbrio desfocado, amargamente açucarado pelo desejo de mostrar que sim, uma banda com o pé no pop dos anos 80 e a cabeça dentro da modernidade vale muito à pena ser descoberta. E se você não gostar de nada disso sempre haverá Paris e a Eleanore!!!!!
O EP de estréia já corre solto por aí (CLICA AQUI).
Uma das bandas mais bacanas que chegaram na caixa de e mail esse ano......








AS BENÇÃOS FEMININAS FOLCLÓRICAS

No século 13 segundo os historiadores mais conspiratórios, existiu uma mulher que reinou na Igreja durante o período da Idade Média. Ela tem o mesmo nome da banda:


POPE JOAN.

A lenda sobre uma possível papa mulher rodou a Europa e acabou tornando-se parte do folclore, muito porque a Igreja temia que uma história dessas acabasse com toda a pompa e seriedade eclesiástica. Mal sabiam eles que quase oito séculos depois a pedofilia faria um estrago muito maior.
Mas o que importa é que no século vinte e um, o quarteto de Brigthon coloca dentro dos ouvidos, sejam eles católicos ou luteranos uma série de acordes com elétricas guitarras e barulhos saídos dos mais potentes sintetizadores. Com uma clara influência de sons como Kraftwerk e Devo, mas com a presença clássica dos anos punkeados, o papado de Joana é recheado de uma poderosa e religiosa de colocar todos os hereges remexendo o esqueleto.
E você pode pode conferir isso nessa apresentação do novo single da banda, DICTATOR.


quarta-feira, 12 de maio de 2010

MAS PRECISAVA DESSE CLIP????

As vezes o clip estraga a banda......


White Belt Yellow Tag
O disco de estréia já saiu e é uma das apostas da Distiller Records para esse ano. Analisando pelo ponto de vista das resenhas gringas o fututro dos garotos já está garantido, afinal de contas METHODS ganhou a aprovaçao de uma das bíblias do mundo da música, a publicação ARTROCKER.
O que acontece é que o trio mistura bem a musicalidade de bandas como o Interpol e Killers, fazendo da miscelânea algo muito palatável aos ouvidos. Deixar-se levar pelos riffs calamitosos da banda é uma tarefa para ser feita aos poucos, pois pode-se correr o risco de cair na armadilha da má vontade.
Mas ao esperar, as melhores partes das canções são reveladas com nenhuma pressa, mas sim com vários toques de maestria pela banda de Newcastle.
No GD o single ALWAYS AND ECHOES (que eu não gostei do clip) e TELL YOUR FRIENDS (it all work out):








segunda-feira, 10 de maio de 2010

THE GODFATHER

Quando se tem um bom padrinho.....

THE POSTELLESO quarteto de Nova Yorke não vai ser a salvação do rock, muito menos colocar dentro de sua cabeça a mais latente inovação dentro da música. Tudo muito parecido com muita coisa, que vai de Strokes até Futureheads. Musiquinhas que beiram o mais inicial rock pop cheio de ploquismo barato, amalgamado com um pouco de variantes da música, incluindo aí uma enfadonha repetição.
Mas no final das contas rock and roll nunca vai salvar o mundo de nada, mesmo o Bono Vox ainda não tendo se convencido disso nem depois dos 50. Então esse é o grande lance com os Postelles, ou seja, nada mais ou menos que pura diversão embalada em tons que acariciam a mesmice. Fazer isso assim tão ingenuamente é no mínimo original, porque no final das contas o que importa é que isso é apenas rock and roll, mas todos nós gostamos!!!!!!
O EP de esréia da banda foi produzido pelo guitarristados Strokes, Albert Hammond Jr., e a canção WHITE NIGHT que pode falar ou não sobre cocaína você pode ouvir aí embaixo.....

















NOSTALGIA MODERNA

Sons que mantém uma aura de romantismo pop são sempre bem vindos....


A banda:

FOREIGN OFFICE.
Esse quarteto inglês que lançou o single de estréia em 2010 (há exatamente dois meses), definitivamente não pertence aos tempos pré apocalipticos. Com uma direta influência dos anos 80 destilado em um pop pegajoso e baseado em riffs eletrônicos. Mas não pense em nenhum momento que se trata de uma banda que toca música de pistas dança e mais nada. Com influências que vão de Kraftwerk até Blondie, o FO mantém uma capacidade gigantesca de divertir com suas letras e uma sonoridade perfeitamente velha, que se encaixa com os dias atuais.
Se o Killers tivesse seguido essa linha ao invés de tentar ser mais uma banda que quer virar o U2, garanto que até as penas de pavão do Brandon Flowers seriam divertidas.
Ouça, se movimente e saiba que à qualquer momento você poderá ouvir as canções do Foreign Office dentro da próxima festinha badalada que você for, afinal de contas as músicas deles são perfeitas para isso.
Uma música e um vídeo......

SHE DID IT












sexta-feira, 7 de maio de 2010

EM UMA TERRA DISTANTE NO MEIO DA RODOVIA 880

Algumas bandas nasceram em errados tempos.....

MAN/MIRACLE
Pela estrada 880, próximo a cidade de Alameda, Oakland que fica na Califórnia tem uma atmosfera um pouco diferente. Quando você acessa o site da cidade vai se deparar com a foto de um parque infantil chamado Fairyland que tem um clima lúdico e lírico na medida certa para o som dessa banda.
O quarteto coloca toda uma aura de florestas medievais e contos pitorescos nas canções. Como se você pudesse visualizar uma história cheia de protagonistas que provavelmente não possuem um corpo humano. Guitarras que montam cenas e uma cozinha que pode muitas vezes ressoar, como exército em desacelerada carreira. Não seria considerado folk, mas sim algo que lembra muito mais um cabaret druída.
O Man /Miracle destoa de toda uma leva de bandas que fazem o chamado rock indie hoje, menos pela imagem e muito mais pela capacidade de criar sons no mínimo originais. Vale a dica de visitar o myspace da banda(ao lado na seção BANDAS CITADAS), ou correr atrás do novo disco (THE SHAPE OF THINGS).
Duas deles aqui:

PUSHING AND SHOVING









ABOVE THE SALLON







quinta-feira, 6 de maio de 2010

DUAS COSTAS DO MESMO PAÍS

Muitas vezes eu penso que existem muito mais estados brasileiros que produzem bandas do que os USA. Afinal de contas de 20 bandas que nascem por lá, 22 são do Brooklyn ou de L.A.

BEACH FOSSILS
Esse trio do Brooklyn, vem com sons tirados de uma mistura que move seu cérebro pelas coisas mais viajantes dos Beach Boys, mas com uma pegada muito mais lo-fi. As canções são cheias de estrutras assoviáveis e com uma novidade que é necessária. Guitarras sem pressa de serem dedilhadas e calmarias repletas de ecos passados, mas com uma certa urgência de audição pulsante.
A banda vai estreiar em disco completo nesse dia 25 de maio, com o lançamento do álbum homônimo. O track list da bolacha é esse aqui:

1. Sometimes
2. Youth
3. Vacation
4. Lazy Day
5. Twelve Roses
6. Daydream
7. Golden Age
8. Window View
9. The Horse
10. Wide Awake
11. Gathering

Aqui no GD vamos com duas do disco de estréia. YOUTH e a canção de abertura SOMETIMES

SOMETIMES









YOUTH







ECOS FALSOS DO PASSADO

Mesmo com as apostas encerradas parece que.....

A banda:

CALL THE DOCTOR.
2008 em Bristol uma conjunção formada por: Rob Hallworth (guitarra), Patti Aberhart (vocal e guitarra), John Raftery (bateria), Chris Davis (baixo), montaram a banda que é baseada muito em tudo o que se ouviu no pós punk dos anos 80, mas com uma veia garageira que muitas vezes nem parece que a banda vem da Inglaterra. Patti faz o que quer com a voz, o que pode incluir aí transformações em tons saídos de alguma ópera ou um vocal do tipo navalha. Tudo isso embalado dentro de uma catarse de guitarras e melodias que não parecem ter nascido em 2010. Uma das promessas da BBC 6 (Steve Lamacq um dos gurus do indie inglês é fã assumido da banda), o Call The Doctor tem uma urgência moderna saída de pelo menos duas décadas atrás.
Pode-se até torcer o nariz, por ser mais uma banda que tem a sonoridade marcada no passado. Mas isso se faz de maneira tão original e poderosa que ao invés de uma cópia estamos diante de uma das mais originais e potentes bandas de 2010.
Ouçam e vejam primeiro GREGORY YOU'RE A STAR e depois ADRENALINE



quarta-feira, 5 de maio de 2010

INÍCIOS PROMISSORES

Das profundezas dos anos 60, com piatadas de iê iê iê:

A banda:

THE IDYLLISTS

Nascidos na California e com o disco de 2009, THE LONG HOURS BETWEEN SUNSET & MORNING produzido por David Cobb (Black Rebel Motorcycle Club e Nico Vega) na bagagem, a banda está muito mais para o pop dos anos em preto e branco do que para as parafernálias modernas. Com um estilo que pode variar entre The Kinks e Phoenix, mas ainda precisando de um certo amadurecimento. O início é bem promissor pelo menos e as canções são boas em uma tarde ensolarada. O EP digital LES SINGLES dá para baixar de graça. Vale muito à pena.
Duas para começar:

LET'S FLY AWAY, single do novo disco que sai esse ano e vai se chamar THE IDYLLISTS.









YOU GONNA BREAK MY HEART SOMEDAY single do primeiro disco






terça-feira, 4 de maio de 2010

ORFÃOS DO SUPERGRASS

Existe uma música do Supergrass que se chama Caught By The Fuzz. Pois você pode exatamente saber o que isso significa ao escutar essa banda aqui:

THE LEN PRICE 3Trio inglês formado por Glenn Page (voz e guitarra), Steve Huggins (baixo) e Neil Fromow ( bateria), lançou disco novo esse ano (PICTURES) e mesmo sendo um lançamento já do distante janeiro de 2010, o disco continua exageradamente pegajoso. Como se por minutos auditivos agudos você fosse transportado para os anos 60, onde a primeira leva da invasão britânica foi pioneira no quesito canções assoviáveis com uma pegada de guitarra obrigatória.
E essa musicalidade museulógica muito se deve ao fato da banda usar todos os equipamentos da forma antiga. Dos instrumentos jurássicos até a forma de gravação analógica, a banda cheira ao vintage mas sem a preocupação de parecer datada. Mesmo porque dificilmente alguém vai prestar atenção nesses detalhes, afinal de contas a poderosa mistura da simplicidade de uma guitarra, baixo e bateria forma uma camada sonora tão compacta e sensacional que a única coisa que se pode fazer é deixar o cérebro se desconectar e divertir-se.
Obrigatório para fazer seu dia muito melhor.........
Duas do disco anterior à Pictures (Rentacrowd):





UMA BANDA DE REGGAE OUTRA BANDA DE ESQUELETOS EM MOVIMENTAÇÃO CONSTANTE

Rituais de passagem podem incluir uma fase de vida, ou fazer parte de uma banda por algum tempo.

A banda

MOXINE
foto de Claus Lehmann

Depois de tocar no Natiruts, Monica Agena iniciou o projeto que soa completamente diferente da banda onde ela inicialmente mostrou-se ao mundo da música.
O Moxine, formado ainda por Hagape Cakau (baixo) e Caju (bateria), conta com os vocais suavemente bem encaixados de Monica em canções que transportam genes variantes de diferentes tempos. Alguns dos anos 90 pela sonoridade de um Garbage aqui e os anos 00 por um CCS acolá, mixados por climas discotecados mas com uma brazilidade de bits, bytes e milhares de arrebites caóticos que fornecem infinitas possibilidades de fazer você nunca ficar parado.
O EP de 2009 Eletric Kiss (que você pode comprar AQUI nesse link), trouxe com ele o clip que você assiste aí embaixo da música que leva o nome do mesmo. Depois uma apresentação para o Poploaded Sessions (de Lucio Ribeiro e Fabio Massari) com o som Good Choice.




segunda-feira, 3 de maio de 2010

O FILHO PERDIDO DE BARRETT

O orgulho de Barrett:

A banda:

WHITE FENCE

Imagina a seguinte situação:
Guitarras retiradas dos anos 60 e batidas cheias coelhos encontrados em tocas lisérgicas. Junte à isso letras sem muito sentido e riffs que começam descompassados e terminam coletamente diferentes e cheios de nervosismo. Como se andar por entre uma praia deserta com vegetação ao longe fosse uma das coisas mais assustadoras do mundo.
O projeto de TIM PRESLEY, morador de Los Angeles parece ter nascido para confundir, muito mais do que explicar. Afinal de contas os amálgamas são tão cheios de referências que fica até difícil definir.
Uma coisa é certa, da estranheza a genialidade o White Fence tem os dois em doses cavalares.
No player THE LOVE BETWEEN....







A HORA DO CHÁ FOLK

Criações calmas e simpáticas muitas vezes são a coisa mais chata desse planeta. Mas criar certas dessas nuances de maneira genial é um trabalho com poucos seguidores.

A banda:

SPARROW AND THE WORKSHOP.
Uma banda inglesa resolveu tocar folk. De uma maneira que as lembranças de um tempo onde as canções eram feitas de forma mágica em quartos de hotéis lotados de fãs e bandas místicas fossem notadas em cada acorde. Mas nunca imaginaram conseguir o grau de exposição dentro do mundo alternativo, como conseguiram esse ano. O disco de estréia saiu esse mês (CRYSTAL FALLS) e as canções são de uma beleza desconcertante.
Uma prova disso é THE GUN, que você ouve aqui. Calmaria regada à sons noturnos com sonhos.
Vale muito à pena quando assunto é apreciar sons sem pressa.












domingo, 2 de maio de 2010

OS VINIS VIRTUAIS VOLUME 3

Domingão é dia de Vinil Virtual. O meu real eu já pedi pra chegar.
Por enquanto mais um coletânea, dessa vez novidades no lado A e velharias nem tão velhas assim no Lado B.


LADO A01) INTERPOL / Lights
Tudo tinha que começar por aqui. Durante a semana essa música fez a alegria de quem estava orfão dos acordes da banda. Se depender desse crescendo explosivo de Lights, nossa sede vai ser bem saciada. ÉPICA....

02) SWEETHEAD / Tired Of Waiting For You
Questão pessoal. A banda não sai da cabeça desse sacripanta escritor, mais precisamente Serrina Sims. Som perigosamente acachapante.

03) DEAD WEATHER / Jawbreaker
A banda disponibilizou o disco para audição no site. Nem precisa perguntar se os magos internéticos conseguiram retirar o audio da apresentação. O disco dessa vez tem menos de Jack White nos vocais, o que faz com que tudo seja mais maliciosamente sujo graças à Alison Moshart. Esse som é prova disso.

04) THE BLACK KEYS / Sinister Kid
Se a banda redefiniu o blues rock é difícil de dizer, tamanha a profusão de estilos desse disco novo. Uma coisa é certa, se existisse um bar paradisíaco infernal os Black Keys seriam a banda principal.

05) LONNIE WALKER / Feels Like RightSe os timbres lembram Verve o Oasis, a pulsação dentro dessa música do quinteto americano que é uma das apostas dentro da cena alternativa esse ano, faz com que as comparações sejam esquecidas desde os rpimeiros minutos desse som. Guitarras wilcosas dentro de uma pequena viagem de 4:23.
06) ARROWS OF LOVE / The Illusionist
A nossa conversa com a banda inglesa chega logo, mas você já pode entender porque toda a vez que se ouve qualquer canção deles o vento parece se deslocar com muito mais força e velocidade.
É pesado na medida e os truques vocais parecem se encaixar com uma levada nacional. Bum pa ra di bum ba não é mais privilégio da MPB.

PARA BAIXAR O LADO A É AQUI



LADO B
01) JOE STRUMMER AND THE MESCALEROS / Yalla Yalla
Essa semana teve um gosto saudosista. Assistir o filme dos Ramones e ver Joe bateu uma melancolia em saber que um dos maiores anarquistas geniais dos sons já não está mais lá. Mas as notas estão aqui.

02) THE REPLACEMENTS / Please To Meet Me
O filme sobre o Big Star está quase saindo e essa versão remasterizada e aumentada da canção dos Replacements, só mostra o quanto Alex Chilton iniciou tudo o que se fez depois. Obrigatório em qualquer idade ou estilo, conhecer o trabalho desse gênio faz aumentar o funcionamento de células cerebrais.

03) REVOLTING COCKS / Pissy Army
Se você gosta de podridão, riffs doentios e uma sonoridade que o NIN tinha, você precisa ouvir tudo o que existe sobre o RC. A banda está voltando com o disco novo (GOT COCK???) esse ano. Visceral é a sua mãe, essa banda é perigosa e fodástica.......

04) RADIOHEAD / Life In The Glass House
Se o peso não lhe atrai, então essa banda de rock tocando jazz da melhor qualidade pode ser a sua praia. A canção que fecha o disco Amnesiac (irmão siamês de Kid A), é de uma beleza tão grande que fica difícil não deixar que seu rosto se encha de lágrimas com o trompete de Humphrey Lyttelton. É de sentir cada pedaço do seu coração dilacerando dentro de espaços formados por vácuos azulados. O Los Hermannos bem que tentaram, mas......

05) PJ HARVEY / One Line
Outra escolha pessoal demais. Se o Radiohead é lindamente visceral, PJ Harvey é a mãe de todos os sentimentos. Cronista em forma de pequena menina criada em uma fazenda, ela sabe como ninguém fazer uma música que faz você sentir tudo ao mesmo tempo. A essa altura vai precisar de lenços de papel.....

06) PINK FLOYD / Lucifer Sam
Uma época que é erroneamente desprezada pelos fãs de David Gilmour. Primeiro porque toda a cadeia helicoidal púrpura rodeada de maçãs lisérgicas e bicicletas embebidas em ácido sairam da cabeça de um tal de Syd Barrett. E vamos e venhamos, Gilmour não tem a metade da genialidade de Syd. Não é questão de ser estranho, mas de criar um pop rock exato e preciso com a psicodelia necessária para dar palpites no disco dos Beatles (como reza a lenda....).



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