Tudo que começa em uma costa termina em outra.....
CHIEFEvan Koga, Mike Moonves e os irmãos Danny e Michael Fujikawa, nasceram e são crias de Los Angeles. Mas quando foram para Nova York as coisas começaram a mudar. Ensaios e trabalhos solos que aos poucos foram tornando-se a gênese do que viria à ser a banda. Evan nesses tempos iniciais escrevia composições sob o pseudônimo de Chief, então não houve muita discussão quanto ao nome da banda.
O mais importante aqui é que o quarteto tornou-se uma máquina bem compactada de riffs cheios do mais puro suingue power rock possível. Com cabelos longos e guitarras secas, a banda transita na mesma região demográfica de contemporâneos extremamente talentosos, os FATE LIONS. Uma bela conjunção de ritmos suavizados com temporizações analógicas sensacionais. O vídeo do primeiro single do Chief está logo abaixo, com a canção NIGHT & DAY que estará no disco de estréia da banda MODERN RITUALS.
A banda CLINIC, quarteto de Liverpol que desde o nascimento do revival pós punk no final dos anos 90 (eles são de 97) vem distribuindo belas canções. Existe toda aquela malemolência cheia de riffs muitas vezes calmos outras vezes fantasmagóricos. Como se fosse possível transitar bem por dentro de um caleidoscópio de névoa.....
A banda lançará em outubro desse ano, mais precisamente dia 05, pela gravadora de longa data deles (Domino Records), seu novo disco. BUBBLEGUM recebeu um pré lançamento em junho, mas a estréia física oficial apenas em outubro. Enquanto isso em agosto, os ingleses fizeram o clip para o primeiro single desse novo trabalho, I'M AWARE. Não felizes, hoje lançaram a canção virtualmente e para download gratuito.
Veja, ouça e baixe a mais nova suave viagem da banda aqui no GD.
THE VACCINES Muito pouca coisa sabe-se desse grupo inglês que no dia 23 de agosto lançou a canção IF YOU WANNA. Uma das poucas informações é que esse projeto vem da cabeça de Jay Jay Pistolet. Esse londrino que atende pelo verdadeiro nome de Justin James Hayward-Young já apareceu dentro de muitas listas dos músicos à serem olhados esse ano.
Mas seu trabalho mais visto ainda é o solo, os The Vaccines continuam sendo um mistério. Muito mais pela mistura de dançante do rock inglês dos anos 60 e a modernidade alternativa das canções de 2010. Na mesma linha de bandas como Wavves e Harlem, os ingleses mostram pelas primeiras notas que muita coisa boa ainda poderá sair das guitarras suavemente psicóticas da banda.
TWEAK BIRD Já não tão desconhecida do público nacional, muito menos estrangeiro, o dueto barbado americano possui duas características indispensáveis para esse tipo de formação:
-potência equacionada dentro de distorções mentais importantes; -lisergia tetraédrica que dispensa qualquer argumentação.
Some dentro desse conjunto de seis eixos gravitacionais, influências claras do jazz e do heavy metal até um pouco menos sujo, mas nem por isso diminuído na distorção. Se existe um receituário atormentado de surpresas potencialmente pesadas dentro de um som, a Tweak Bird traduz bem tudo isso em seu novo disco. Mais um totalmente lançado de maneira independente, vale uma audição e compra, por fundir dentro de um mesmo caldeirão infernal de claves a força e a estranheza. Ouça o disco todo aqui no GD....
LADO A FOE - A handsome stranger called death THE SWELL SEASON - Young hearts run free (cover) JAILL - Everyone's hip THE GHOST OF A SABER TOOTH TIGER - Jardin du Luxemburg CLOUD CONTROL - There's nothing in the water we can fight for WE ARE ANIMAL - Black magic
LADO BCHARME CHULO - Polaca azeda MOMBOJO - Aumenta o volume MOTORAMA - Letter home HYDROPLANE - New monotonic FM ARAB STRAP - Not quite a yes THE MONICANS - In the rows
O cenário australiano sempre foi conhecido por bandas com uma veia garageira muito bem postada e sons explosivos. Muito do genuíno pop nas terras crocodilianas fica um pouco perdido por entre a fumaça iônica. Ainda mais quando o quesito são cantoras ou bandas lideradas pelas mesmas. Existem as notas boas dos sons produzidos por Sara Blasko, Lenka e Kylie Minogue. Obviamente que nomes como Nick Cave também apontam na direção dos grandes, mas mesmo assim o pop australiano, que já foi lar de bandas muito boas como The Seekers, ainda tem em nomes como Bee Gees e Olivia Newton John, sinônimos do gênero chiclete.
Mas a cena atual parece mostrar que ainda existe muita lenha dentro desse caldeirão dundeano de sonoridades.
ALPINE
Formada por um dueto matador de vozes angelicais pertencentes à Louisa Baker e Phoebe James, a banda ainda engatinha pelas longas paisagens secas australianas, mas como seus antecessores, começa à mostrar que tem toda a capacidade de expandir os domínios. Matadoras junções de letras que transbordam todo o entrosamento da dupla, circulando por bases do mais puro pop rock ligeiramente shoegaziano. Mas se as claves de sol emanadas não chegam a causar aquela sensação de cinza que toda a banda deste último citado gênero possui, a Alpine vem com sons que brotam de cada nota, uma assoviável entrega de comunhão auditiva.
Muito mais para a praia de bandas como os Dandy Warhols, esses australilanos possuem a medida certa de nuvens adocicadas e transportadoras de umidade básica para sanar um certo ar seco causado por muitos riffs pesados. Ouça a faixa TO SAFE, uma das novas que a banda gravou.
Engraçado como às vezes as conjunções, parecem querer manter uma certa linha deixando claro que seu cérebro está em desabalada teimosia por encontrar apenas um tipo de canção. A sensação de paranóia por manter um mesmo padrão comportamental chega inclusive a incomodar. Isso tudo sem contar a posição política anarquista, de que finalmente a rendição ao hype aconteceu. Muitas questões para apenas poucos cérebros... Mas a tempestade elétrica de sinapses que quimicamente não podem ser controladas, mantém aquele fluxo de sorrisos e medidas exatas de "air drums" que essa busca proporciona.
E uma dessas vezes definitivamente será quando seus tímpanos forem abatidos pelos riffs sequestradores que essa banda possui. BEAST MAKE BOMB
Pode ser que não aconteça absolutamente nada. Que as ondas estáticas de pensamento livre naveguem apenas por esses mares algumas poucas audições. Imagino que sempre exista a possibilidade de nada acontecer e tudo ser delírio, mas dificilmente alguém vai conseguir fazer um par de canções como esse quarteto de Nova York em 2010. Elevados à vigésima terceira potência, a banda (que nas horas vagas são heróis e diplomatas) consegue ter todos os clichês possíveis dentro do que se chama rock. Refrões grudentos, guitarras com produção nevermindiana, baterias descompassadas e um par de canções que raptam sua atenção e felicidade quase que instantaneamente. Mas isso não quer dizer que tudo seja ruim, na verdade o quarteto usa essas armas como os Arctic Monkeys usaram em seu primeiro disco, de maneira genial. E acompanhar o nascimento de uma banda, tem a mesma carga emocional que olhar um ovo de velociraptor quebrando-se.
Em oito meses, alguns shows e a vida em estúdio (que ainda continua), Ceci Gomez, Glenn Van Dyke, Sam Golfine e Hartley Lewis colocaram dentro de acordes uma ressonante caixa pandórica de sustentações dinamitadas em aço, mas que inadvertidamente descem suaves como hipnose calma para dentro de seus ouvidos. Notas que sacolejam seus mínimos entrecantos de alma e retorcem a capacidade de acreditar que sim, existem canções que podem ser simplemente boas demais. Aliás 2010 tem-se mostrado causador de encontros desse gênero, pois Le Butcherettes também causou o mesmo estrago.
O EP SKINNY LEGS sai apenas em setembro (dia 05), mas a banda já soltou duas canções. ZOMBIE SONG e REWIND. A primeira mostra a caixa de ferramentas da banda, a segunda mantém a octaedracubana explosão no ritmo. O tempo mostra o que pode acontecer, mas é sempre alvejante de alma uma canção ter esse peso todo.
Um disco novo chegando e a eterna promessa de voltar ao posto de banda mais bacana do mundo. Tudo isso ligado às esquisitices cada vez mais latentes do vocalista Rivers Cuomo. Assim é o WEEZER envelhecendo como banda.
Mas antes de julgar a nova bolacha, com data de estréia ainda esse ano, a banda participou do sempre sensacional programa infantil YO GABBA GABBA, do canal infantil Nickelodeon. Aliás o show conta com a participação de muitos artistas bacanas, cantando músicas educativas para a criançada. Travis, Mos Def entre outros já prestaram serviços à atração. Assim como o Weezer que gravou a música ALL MY FRIENDS ARE INSECTS.
Todas as participações estarão na trilha sonora do programa, que lançará seu segundo volume ainda esse ano. Muito marmanjo vai comprar, pois afinal de contas o track list é impagável com as participações de Jack Black, Hot Hot Heat, MGMT, Ting Tings entre outros. Faça o download de All My Friends Are Insects e confira.
Já falamos dessa banda por aqui mesmo nos vinis virtuais, o THREE MILE PILOT. Voltando com material inédito que tem data de lançamento marcada para o dia 28 de setembro. THE INEVITABLE PAST IS THE FUTURE FORGOTTEN , promete uma saraivada de riffs sônicos e músicas com extrema capacidade de chacolejo de esqueleto. Hoje mais uma faixa do disco saiu pelas vias internéticas. Ouça aqui no GD, WHAT'S IN THE AIR.
TINY CABLES INK De Maringá literalmente para o mundo, essa banda está fazendo barulho dentro da blogsfera gringa. Sendo citada até na Alemanha, a mistura de sons em formas de nuvens de calmos elétrons que percorrem esferas, onde a cada audição as notas tornam-se mais palatáveis e de uma simplicidade genial.
Com uma aura pacificadora de túbulos auditivos, o TCI mostra que nem sempre as distorções salvam, mas muitas vezes é a beleza de cada nota colocada com uma delicadeza límpida que faz a diferença. Como se fosse possível navegar por entre nuvens que hipnotizam com lembranças de bandas como Wilco e Dead Cab For Cutie, esses brasileiros não apenas fazem rock alternativo, mas sim purificam cada acorde dentro de seu ventrículo fazendo a experiência tornar-se cada vez mais bela. Ouça aqui no GD BEYOND THE HORIZON....
Dentro de milhares..... Quem??? FOE Que existe uma profusão acelerada de elétrons em forma de cantoras no mundo altenativo-indie-pop-rock ou como você queira definir, é notório. Muita gente enveredando por esses caminhos outrora percorridos por valquírias como Joan Jett, Debbie Harry, PJ Harvey, Patti Smith, Justine Frieschmann, Donnita Sparks e até uma senhora chamada Courtney Love.
O problema todo é que na maioria das vezes tudo cheira à uma certa armação que remete aos velhos programas de talentos, com vozes educadamente afinadas e postura de rebeldia digna de qualquer botique de Paul. Até a atriz do seriado Gossip Girl está mostrando uma atitude panda roqueira cercada de produção caprichada. Esse talvez seja o maior entrave, muita estrela e pouca constelação como diria um certo Raul, mas de vez em quando as conjunções kármicas cósmicas acertam os ponteiros com o destino e surgem certas eletrólises revigorantes....
Hanna Clarke (nascida em Fleet no RU) é um desses casos de energia em estado de sublimação de alma pura. Uma sonoridade explosiva e diferente do que hoje apresenta-se no quesito. Na atitude e na musicalidade, Foe lembra muito mais as amazonas que eram capazes de distorcer seu sistema límbico com acordes visceralmente elétricos e olhares que decapitam corações em fúria. Uma sonoridade que pode ser pesada e mórbida, mas ao mesmo tempo irresistível. Com capacidade de balançar seu fêmur e do mesmo modo chacoalhar sua cabeça. Como se fosse possível fundir PJ Harvey e Shirley Manson em um só cérebro e corpo.
De influências nas escuras garagens de Seatlle, mas sem perder a modernidade de sons binários, essa menina tem muito mais cartas na manga do que pode-se imaginar. Ouça no GD duas canções dela (o single Charity Cases e Tyran Song) e o vídeo de A Handsome Stranger Called Death. Corra atrás....
Sempre que um grupo de branquelos coloca a mão no funk.....
THE MILK Das duas, uma: Ou nasce uma banda sensacional, ou as piores canções do planeta podem surgir em um piscar de olhos. Pois bem, pelas bandas de Essex na Inglaterra, esses quatro rapazes juntaram-se e decidiram adentrar pelo mundo do punk rock. Mas como as tentativas de conseguirem um som mais visceral sempre acabavam em mais transtorno do que rebeldia, eles resolveram mudar o foco.
E a mudança foi a melhor coisa que a banda poderia ter feito. A metralhadora foi virada para os ritmos mais funkeados e espaciais, desse modo acertam em cheio com ritmos ironicamente dançantes, ao mesmo tempo que distribui os canais auditivos dos ouvintes por uma máquina do tempo sonora. Do do-wop ao rock steady em um piscar de olhos, a banda é uma das mais bacanas esse ano no quesito novos nomes do cenário. E além disso, mostram uma bela capacidade de construirem covers com alto grau de explosão octaedrocubana, veja o exemplo com a faixa 54/46 WHAT'S MY NUMBER, originalmente gravada por Toots & The Maytals. Groovemente bombástica.....
Sempre acho as indicações sobre bandas novas da NME um pouco exageradas, mas dessa vez.....
CLOCK OPERAEsse quarteto inglês que já tem na bagagem remixes de músicas do cancioneiro indie (Marina and The Diamonds, Au Revoir Simone), gosta de brincar com as definições do chamado dream-pop. Não aquele descaradamente copiado por Kate Perry, mas nuances mais caleidoscópicas da praia de Beach House. O importante aqui é saber dosar perfeitamente a estranheza e a capacidade de destilação de bites e arrebites sônicos com cores cada vez mais misturadas. Talvez ainda por estar sob o efeito dos arranjos eletrônicos da sexta passada, a banda não é apenas um dos melhores shows de abertura do mercado (atualmente o Clock Opera está abrindo para Marina and The Diamonds, na turnê inglesa), mas também uma das grandes promessas do ano.
Com a sonoridade em embates com outros comparsas binários como o Primmary 1, Clock House é uma das apostas da NME como também de outras várias publicações. Ouça e veja aqui no GD o primeiro single (lançado o ano passado), da canção WHITE NOISE.
CRYSTAL FIGHTERSEspanhóis que junto com a banda Delorean e os Dirties, estão dando uma cara nova ao eletro rock espanhol. Essa banda mistura dub step, flamenco, eletrônico e um certo grau de lisergia bem vinda de outras pradarias habitadas por bandas como The Dirty Projectors.
Com um pé muito firme no terreno natal, o quinteto consegue capturar a atenção mesmo não tocando os acordes principais do rock na atualidade, muito menos misturando veias shoegazianas como a maioria das boas bandas dessa década. Já no primeiro single, I LOVE LONDON a banda já conseguia chamar atenção pelo uso da matemática binária, mas de uma forma original. Agora o jogo eleva-se com as canções FOLLOW e SWALLOW. Uma mistura certeira de psicodelia e um dub step climático infernal.
Aqui no GD as duas do single novo que sairá fisicamente em setembro e o vídeo de I Love London. Bela surpresa de meio de ano....
OUR HUSBANDDuplas formadas por casais são sempre bem vindas, mas de vez em quando elas acabam tendo um trabalho a mais para conseguir romper a barreira do chato e da mesmice. Das terras australianas e de projetos anteriores, Freya Adele e Nathaniel Morese nasceram e criaram-se para a música dentro da cena pop na terra onde normalmente as guitarras costumam falar mais alto (vide AC/DC, Silverchair, Midnight Oil).
O som da dupla nasce nos bebedouros abençoados de bandas como Beach House ou She & Him, mas um pouco menos experimental que o primeiro e menos plocquiano do que o segundo. Os acordes demoram um pouco a entrarem em sincronia com seu cérebro, muito devido a dificuldade da dupla organizar nuances mais pops. Mas depois de alguns minutos as notas descem suaves e até podem merecer mais algumas audições.
Ouça aqui no GD VILLAGES, o primeiro single da dupla lançado hoje.
WE ARE ANIMAL Em tempos onde sonoridades muitas vezes parecem repetir-se em loopings inacabáveis, é sempre bom uma banda colocar os devidos acentos agudos dentro de sonoridades recicláveis e novas. Da mesma localização de nascimento do Super Furry Animals, surge mais um exemplo onde as referências sonoras são usadas com inteligência e elevadas à uma potência acima. A banda já havia acertado a veia com o single 1268, que já revelava uma capacidade gigantesca de riffs distorcidos na medida e uma artéria pulsante dançante tão latente quanto o The Rapture possui. Mas agora o jogo mudou e o novo single BLACK MAGIC, vem de encontro à escapes tão poderosamente viciantes e viscerais em um crescendo garageiro que dificilmente será batido ainda esse ano.
A molecada de Gales comandada pela voz característica de Cynir Hamer, prova que definitivamente vai marcar seu nome em 2010, se não nas melhores músicas, mas como uma das mais gratas surpresas do ano. Ouça a faixa nova da banda, que sairá como single, BLACK MAGIC e depois o clip da já citada 1268.
THE GHOST OF A SABER TOOTH TIGER Não sei se é pela admiração à Arnaldo Batista, visceralmente colocada no documentário LOKI!, mas escrever sobre Sean Lennon dá uma idéia de que ele pode ser brasileiro. Mas o filho do homem não é, o talento musical do rapaz sempre veio dos meios mais alternativos possíveis. E esse novo projeto deixa claro que a genética foi bem passada para o herdeiro desse sobrenome que mais parece uma marca d'água de concreto.
Junto com a modelo, atriz ,cantora e namorada Charlotte Kemp Muhl, o músico lançará em outubro desse ano o disco ACOUSTIC SESSIONS. Pela definição do próprio Sean, o projeto tem ecos de Syd Barrett, Simon & Garfunkel e Incredible String Band. Se depender dos trabalhos anteriores do rapaz, pode-se esperar musicalidades afinadas e com a capacidade de deslocar luzes caleidoscópicas nos cérebros desavisados.
Aqui no GD você escuta JARDIN DU LUXEMBOURG, uma das primeiras canções da dupla.
Caribou que tem data marcada para um show aqui no Brasil em novembro, remixou a faixa Brothers do Hot Chip. Lembrando que o Playcenter assistirá o show da banda eletro-pop no dia 20 do mês citado. Com toda a marca da Caribou impregnada nessa versão da bela canção do disco One Life Stand.
Já tem data e track list a volta do senhor ELVIS COSTELLO para as vitrolas mais saudosistas. Sucedendo o disco de 2009 Secret, Profane & Sugarcane, a nova bolacha foi gravada no começo de 2010 nos estúdios Nashville's Sound Emporium e Los Angeles' Village Recorders. O disco chama-se National Ransom e sairá dias 25 de outubro no Reino Unido e 2 de novembro na barackolândia com a produção novamente à cargo de T-Bone Burnett. Eis o track list da nova bolacha do senhor Costello:
National Ransom Jimmie Standing In The Rain Stations Of The Cross A Slow Drag With Josephine Five Small Words Church Underground You Hung The Moon Bullets For The New-Born King I Lost You Dr Watson, I Presume One Bell Ringing The Spell That You Cast That's Not The Part Of Him You're Leaving My Lovely Jezebel All These Strangers
THREE MILE PILOT Não existe novidade nenhuma em relação à banda. Formada em 1991, o trio mostrava riffs que sempre mereciam mais do que uma simples audição. De aura hipnótica e levemente lisérgica. Nada muito não transmissível, muito menos complexo demais. E mesmo assim sem perder o peso em todas as canções.
Durante 13 anos os integrantes dedicaram-se aos outros projetos, Armistead Burwell Smith IV (Pinback), Pall Jenkins (Black Heart Procession) e Thomas Zinser (Pinback). Hoje o trio anunciou a volta do TMP, com o lançamento da canção inédita DAYS OF WRATH. Como tudo o que esses caras já fizeram, outra canção memorável e assoviável. Sem esquecer das entrelinhas em formas de riffs que tem saídas inteligentes e mantém a canção com aquela aura imaculada de alternativo. O disco novo da banda já tem nome (The Inevitable Past Is The Future Forgotten), e chega no dia 28 de setembro.
Por enquanto você escuta esse primeiro single novo da banda velha que ainda merece várias audições...
BLAIR Imagine uma menina loirinha com cabelos amarelados, criada no mais profundo espaço em Nova Orleans. Dentro do ar rarefeito pelo gim, jazz e blues. Junte à isso as canções de Bob Dylan e Neil Young. Você terá a versão gringa de uma artista como Mallu Magalhães. A única diferença é que...
Não existe comparação entre a versão brazuca da história americana. Mesmo porque o som dessa menina, que acaba de lançar seu disco de estréia (Die Young), possui as veias abertas da melancolia um pouco mais adocicadas. Mas nem por isso descartáveis, aliás as canções de Blair, são muito mais baseadas na crueza dos tempos onde ela aprendeu a tocar guitarra do que em qualquer tentativa de reviver os ritmos de sua terra natal. Mesmo optando muitas vezes por sons mais calmos, é possível perceber a relação que a cantora tem com seus ídolos (PJ Harvey, Sonic Youth, Nirvana e John Frusciante). Por falar no ex guitarrista do Chilli Peppers, Blair aprendeu a tocar guitarra ouvindo o primeiro disco solo dele.
Um vídeo para um final de tarde cinza. Apresentação ao vivo da canção RAMPAGE em um pequeno bar.
Muito barulho por algo... A banda: WOVEN BONESQue Austin tem um dos maiores festivias do mundo todo mundo sabe. O SXSW mantém o primeiro semestre em polvorosa dentro do cenário, muito pelas bandas que apresentam-se nos milhares de bares e espaços da cidade. Eis que esse trio da terrinha parece mostrar que os The Drums ou o shoegaze cheio de barulho parece não querer sair mais dessa década. Andrew Burr fundou a banda em 2008 e quando mudou-se para a cidade texana, chamou a baterista Carolyn para participar do WB. Desde então o trio vem tocando em cada bar sujo da cidade e gravando uma quantidade boa de EP's.
A banda mantém em alta ebulição os barulhos distorcidos das guitarras e a voz anasalada e quase chata de Andrew ajuda a manter o interesse nas canções. Mesmo sabendo que o som deles não vai reinventar a roda, a banda tem canções que são diferntes do que se ouve em rádios. Vale à pena pelo valor que possuem notas que saem dos recantos mais escondidos do underground.
Duas aqui no GD I'VE GOT GET e YOU'RE WAY OF MY LIFE, respectivamente primeira e segunda...
Quando o famoso math rock apareceu na década passada com a Foals e também com Battles havia aquela característica de equilateralidade no ar, desfeita pela capacidade de fugir do mundano demais das duas bandas. Agora alguns irlandeses querem seguir nesse caminho.... THE CAST OF CHEERSEsse quarteto irlandês mantém uma rigidez no momento da composição, que muitas vezes faz o som da banda não parecer cheio de improvisos, e sim equações. As mudanças de direção são suaves mais desconcertantes e durante a audição do disco de estréia da banda (Chariot, que você baixa inteiro e de graça no site do grupo, CORRE AQUI), a única falta de jogo de cintura é denotada pelo excesso de cuidado. Sem muita sujeira e com a cara bem limpa na produção a banda parece morar nesse nicho de música já por décadas (na verdade o quarteto está junto há menos de um ano). Mas uma coisa é certa:
Esses moleques ainda vão fazer mais barulho exato e serão o outro vértice do triângulo. Ouça duas aqui no GD, AURICON e DECEPTAPUNK
TEARS RUN RINGS De tempos em tempos uma banda surge e decididamente confunde sua cabeça dentro de pensamentos sobre originalidade. Se por um lado o quarteto (que por incrível que pareça veio de Los Angeles), muitas vezes soa como uma releitura meio sem graça do lado negro do rock nos anos 80, com as colorações Cureanas ou Mary chainísticas. Por outro mostra que olhar para trás nem sempre significa um retrocesso. Muito pelo contrário, na verdade, a banda não apenas absorveu bem as influências, como também deu um passo adiante. Apostando dentro de tons mais sombrios e cheios de distorções em massa. Uma boa idéia de que ainda o rock, mesmo com os pesadelos pop massificados dentro da mídia, ainda tem muito o que mostrar. No player aí embaixo quatro canções da banda e duas para baixar, incluindo aí a maravilhosa FORGOTTEN.
Não é qualquer um que Thom Yorke chama de sexto elemento...
NIGEL GODRICHRuim seria tentar convencer vocês, incrédulos leitores de que esse produtor e músico inglês não é no mínimo genial. Quando ajudou a definir o som da banda de Oxford, não imaginava talvez influenciar uma geração toda de pessoas e músicos com o Radiohead.
Mas nem só de um OK Computer vive esse inglês. Os outros trabalhos dele também são definitivamente algo muito bom de conhecer. Mesmo quando acontece apenas na produção de discos, como por exemplo o último do Pavement ou de Natalie Imbruglia. Outro projeto sensacional é a gravação de sessões com bandas bacanas, na série conhecida como FROM THE BASEMENT e ainda para fechar os exemplos, ele mais o baterista do e guitarrista do Supergrass formam o HOT RATS. Ainda por cima Nigel trabalhou com Paul McCartney no projeto CHAOS AND CREATION AT THE BACKYARD.
Mas ele também dá seus pitacos sonoros me trilhas de filmes, como no mais novo e esperado SCOTT PILGRIM VS. THE WORLD. A canção dele para o filme mostra muitos dos talentos do rapaz em relação às claves de sol. Seja pela já conhecida levada eletrônica lisérgica, como também pelo peso na composição. Vale ressaltar que a trilha sonora desse filme, já causa mais do que calafrios de felicidade nos ouvintes, já que Beck também participa da mesma.
DAX RIGGS Conhecido muito mais pela quantidade de bandas em que tocou nos anos 90 ( Dry Pussy, Corruption, Golgotha, Acid Bath, Daisyhead e The Mooncrickets, Agents of Oblivion, Deadboyand the Elephantmen, T-Daks & His White Plastic Soul and Dax Riggs), mas principalmente pelo trabalho com o ACID BATH. Os sons galvânicos sempre fizeram parte da carreira desse músico americano, nascido em 1973. Dax como artista solo gravou apenas 3 discos, o que não impede de ser apreciado como grande compositor. Mas chega de eruditismo nas palavras. O que interessa na verdade é o fato de que o cara sabe misturar bem a anarquia riffeira dos Stooges com uma desavergonhada veia glam rock. Canastrice quando bem conduzida é sempre bem vinda, assim é possível deixar a poderosa cozinha de batidas, estufar o sangue em seu cérebro. Como na canção quase Wando LET ME BE YOUR CIGARETTE. Ouça ela aqui no GD e veja com quantas caras de pau se faz uma música descompromissada e por isso mesmo muito bacana.....
TENNIS
O dueto formado por Alaina Moore e P.Riley, desceram em alguma máquina do tempo e aterrisaram em Denver no Colorado. Na bagagem milhares de notas provenientes de uma época onde provavelmente você e a sua coleção de camisetas indie nem ao menos habitavam os receptáculos paternos e maternos.
Se o quesito em consideração for a chamada releitura de um gênero, então a banda está entre as melhores. No mesmo patamar de excelência de um Belle & Sebastian, o Tennis não apenas usa a estética de claves de sol em cores sépias, mas também amalgama uma modernidade no que diz respeito aos riffs um pouco mais octaedrocubanos do que os que apresentavam as pesadas guitarras antigas.
Mas nem por isso a banda mostra-se "muderninha" demais, mas sim competente demais. Principalmente pelo timbre lindo de voz que possui Alaina. Algo que lembra Dusty Springfield ou as cantores de conjuntos vocais na década de 50.
Muito bacana mesmo não sendo um som transcendente, mas com a capacidade de divertir e deixar uma calmaria cheia de belas cores dentro da sua alma.
Aqui no GD duas e um vídeo, as canções SOUTH CAROLINA e MARATHON, o vídeo é da canção CAPE DORY.
South Carolina
Marathon
ATUALIZAÇÃO:
A banda anda liberando canções do seu disco de estréia, CAPE DORY, e hoje mais uma se fez presente. TAKE ME SOMEWHERE. A capa do disco é essa aí de cima e depois da canção nova, assista à uma apresentação da banda.
Todos concordamos, ou pelo menos entendemos que muitas vezes a música eletrônica é de tamanha sacralidade, que se os compositores não se esforçarem muito para conseguir algo melhor do que sequências mornas, tudo vai por água abaixo. Ou com o perdão do trocadilho ruim, vai tudo por cabo abaixo.... Mas de vez em quando.....
LABYRINTH EARA dupla formada em março de 2010 por Emily e Tom, tem muito mais saídas inusitadas para acordes binários recorrentes. Com vocais majestosamente suaves e envolventes de Emily, que mantém um clima meio La Roux ou Portishead. As canções tem uma névoa ao redor de suas claves, que garantem a cada audição a música eletrônica não pela música eletrônica. E sim dois músicos se esforçando e conseguindo realizar canções que saem do mesmo. Como a banda ainda está sem gravadora, o faça você mesmo é a normativa. Então logo abaixo você pode ouvir o primeiro EP e de quebra se gostar das canções tudo é de graça. Os destaques desse primeiro vinil virtual do LE, são as canções Snow White e Navy Light. Para remexer o esqueleto em um clima mais calmo....