Quem???
FOE
Que existe uma profusão acelerada de elétrons em forma de cantoras no mundo altenativo-indie-pop-rock ou como você queira definir, é notório.
Muita gente enveredando por esses caminhos outrora percorridos por valquírias como Joan Jett, Debbie Harry, PJ Harvey, Patti Smith, Justine Frieschmann, Donnita Sparks e até uma senhora chamada Courtney Love.
O problema todo é que na maioria das vezes tudo cheira à uma certa armação que remete aos velhos programas de talentos, com vozes educadamente afinadas e postura de rebeldia digna de qualquer botique de Paul. Até a atriz do seriado Gossip Girl está mostrando uma atitude panda roqueira cercada de produção caprichada.
Esse talvez seja o maior entrave, muita estrela e pouca constelação como diria um certo Raul, mas de vez em quando as conjunções kármicas cósmicas acertam os ponteiros com o destino e surgem certas eletrólises revigorantes....
Hanna Clarke (nascida em Fleet no RU) é um desses casos de energia em estado de sublimação de alma pura. Uma sonoridade explosiva e diferente do que hoje apresenta-se no quesito. Na atitude e na musicalidade, Foe lembra muito mais as amazonas que eram capazes de distorcer seu sistema límbico com acordes visceralmente elétricos e olhares que decapitam corações em fúria.
Uma sonoridade que pode ser pesada e mórbida, mas ao mesmo tempo irresistível. Com capacidade de balançar seu fêmur e do mesmo modo chacoalhar sua cabeça. Como se fosse possível fundir PJ Harvey e Shirley Manson em um só cérebro e corpo.
De influências nas escuras garagens de Seatlle, mas sem perder a modernidade de sons binários, essa menina tem muito mais cartas na manga do que pode-se imaginar.
Ouça no GD duas canções dela (o single Charity Cases e Tyran Song) e o vídeo de A Handsome Stranger Called Death. Corra atrás....
Charity Cases by FOE
Tyran Song by FOE
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