terça-feira, 14 de dezembro de 2010

PORN SURF....

A nova surf music??

THE GOD THE BAD

Nunca imaginaria-se que um trio da Dinamarca, fazendo uma mistura de surf music, rock de garagem e erotismo quase barato. Manoj Ramdas (The Raveonettes, SPEkTR) no baixo, Johan Lei Gellett (Henrik Hall, Kira and the Kindred Spirits) na bateria e Adam Olsson (The Setting Son, The Aim) na guitarra, formam essa banda que não precisa de vocalista.
"Nós não temos vocalista , pois não achamos nenhum que ficasse atrás da bateria" diz Adam no release do trio. Mas também não faz a mínima falta.

Afinal de contas essa alquimia de décadas e fitas proibidas pelos pais mais escravocatólicos é de um poderio imenso de energia. O disco chamado From 001 To 017, tem todas as notas crampinianas e garagem de sobra para incendiar um quarteirão. Não é de graça que o videoclip da canção 030 tem esse ar quase soft porn irressistível. Isso tudo já garantiu a The God The Bad em festivais como Roskilde e também na after party do show dos Killers no Albert Hall.

O disco de estréia saiu no dia 25 de novembro e parece não perder a força tão cedo. Aqui você escuta as canções 001 e 005 (executada na rádio Xfm) e o clip sem cortes de 030.




quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

CONDIÇÕES PACÍFICAS....

Por muito tempo desatento.


SUMMER FICTION


 Bill Ricchini morador da Filadélfia, é um músico cheio de detalhes minimalistas. Não existe uma distorção poderosa e muito menos aventuras lisérgicas psicotrópicas. Tudo parece estar lá, pelo simples fato de existir. Mas essa diminuta nos compassos, não são de observação fácil. Aliás muito pelo contrário.

Uma audição do registro fonográfico inicial dessa banda quase de um homem só, requer uma dose de outras intenções. Porque sempre ouvir tudo apenas uma vez pode levar a interpretações equivocadas ou apressadas. Não dá para consumir música, ou escrever sobre ela, como um adolescente desesperado dentro de uma zona do baixo meretrício, descobrindo o significado da palavra ejaculação precoce. Então Summer Fiction, o disco, pode e deve ser ouvido mais de uma vez definitivamente.


Primeiro para que não se confunda singeleza com poptonicidade atonificada. Não existe uma moleza desesperada por impulso nas 12 canções do disco. Cada faixa parece seguir um propósito. Amor, contemplação, alegria, leveza ou frustração. Não importa, cada ouvinte interpreta com a sua situação recorrente. O que conta nessa correlação de minutos concatenados em canções, é saber que elas moveram sua cabeça em direções diferentes. Da musicalidade tribal de Kids In Catalina até o chiclete doce e algodoado de Chandeliers.

Ouça abaixo todo o disco de estréia da Summer Fiction e depois o clip para o single Chandeliers.


sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

PEDRADAS ISRAELENSES

Israel, mais precisamente Tel Aviv.

TV BUDDHAS

Já não é de hoje que existem verdadeiras hecatombes dentro do rock, que nascem na segunda maior cidade de Israel. Aliás lados orientais mostram sempre nomes de audição interessantíssima como por exemplo Motorama (Russia) e GO GO 7188!! (Japão). Mas as raízes desse trio também forneceram bandas como Monotonix, uma verdadeira pancada no meio da testa quando o quesito são shows.

A Tv Buddha não foge à regra e despeja uma sensacional série de referências que mesclam as garagens mais sujas do início dos anos 90 e a visceralidade do punk seminal dos anos 70. Geek bubblegummers, os irmãos Uri e Mickey Triest acompanhados de Juval Haring, não tem sutilezas quantos aos canais auditivos. A fusão é alta e o poderio de distorção de guitarras, formam uma parede sonora com a bateria. De BRMC até o lirismo nas letras com toques richmanianos, o som desses israelenses é hipnoticamente feito para explosões de energia mitocondrial nucleares.

Um EP na bagagem (The Golden Age, lançado em junho de 2010) que além de extremamente sujo, é um verdadeiro atropelamento causado por um A380 sonoro. A despretensão não torna a musicalidade banal, mas sim de uma visceralidade mais do que bem vinda.

Três canções demonstrando que as pedradas são de alto calibre. Fun Girls, Buddha Rock e Wandering Song.



quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

MUDANÇAS DISTORCIDAS

Mudanças de comportamento.

STATE BIRD

Essa banda de Ohio, transmutou seu estilo para algo um pouco mais pesado. De início folkiano para notas que soam muito mais distorcidas e cheias de wezeerianas sementes. Fazer esse tipo de escolha pode destruir o som de uma banda que corre pelas beiradas dentro de uma gravadora independente como a The Record Machine. Mas...

Os riffs ilusoriamente posicionados dentro dos anos 90, dão aquele ar de flanela para as canções. O que não pode deixar de ser notado, afinal de contas esse novo EP da banda (El Granburrito) é tomado por esse tipo de inicativa sonora. Mesmo forçando demais a entrada de peso, o registro não deixa de ser um certo acalento aos ouvidos mais distorcidos.
Ouça o single abaixo....


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

MIXTAPE LCD SOUNDSYSTEM

 Como uma das notícias mais bacanas dessa segunda feira foi o possível show do LCD Soundsystem na mais nova edição do festival POPLOAD GIG, nada melhor que uma mixtape de James Murphy e a confraria da pedreira. Oito canções para alterar completamente o balanço yin-yang de sua noite.
Muito menos pelo número cabalístico e sim pelas pancadas sonoras de uma das bandas prediletas (eu ia escrever desse espaço, mas aí lembrei que vão ficar dizendo que eu escrevo igual à um certo cidadão ao qual não me identifico).

E essa mixtape é dedicada à todos os sites que foram fechados pelo governo americano. A política das grandes corporações que querem acabar com o livre trânsito de informações, obviamente além de decidirem o que você pode ou não consumir!!!!!


Track list:

01) Disco Infiltrador
02) You Wanted A Hit
03) Losing My Edge
04) Us and Them
05) Tribulations
06) North American Scum
07) Yeah (Crash Version)
08) All My Friends

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

FOLCLORE ELETRÔNICO

Por mais estranho que pareça.

FILMS

Por mais que bandas como Clap Your Hands and Say Yeah! tenham uma bela e estranha alegoria, elas tornam-se necessárias para que aquela nuvem de ludicidade seja cada vez mais destilada por entre os ouvidos menos e mais atentos.
Por isso esse quarteto de Leeds se faz necessário.

Auto intitulando-se como trovadores do chamado jump folk, que define-se por uma qualidade da música folclórica, misturada com elementos do alternativo, hip-hop e eletrônica.
E essa é uma nuance que fica bem clara dentro do som da banda. Mas não pense você por nenhum minuto, que essa mistura bruta de seiva destilada por entre binariedades passa por estados de lamentação auditiva. As canções da banda tem algo muito bem palatável. Com linhas de baixo (como na música Leon) que vem do mais sombrio e hookiano baixo.

Films é uma bela sacada desse final de ano, onde não existe o nervosismo dançante, mas pode-se sem medo balançar os pés da mesma maneira que contemplar as notas. Dois exemplos aqui no GD, MATILDA e BREEZEBLOCKS.

Films - Matilda by GDO2


Breezeblocks by filmsband

terça-feira, 23 de novembro de 2010

SUAVES ANDAMENTOS

Muitas vezes o progressivo é lento demais, mas nesse caso.



 A banda sueca que teve seu disco de estréia lançado o ano passado (DRAGON), anda pelas pradarias onde a musicalidade é derramada em formas catódicas e cheias de equações exatas. Não que o adjetivo matemático seja necessário, mas as composições possuem um andamento que atravessa os anos 70 com uma categoria mais do que louvável. Um tipo de progressivismo quase singelo e pequeno, mas nem por isso menos abrasivo.

Muitas passagens sonoras não gratuitas e de uma maneira que seus ouvidos são capturados dentro de poucos segundos de audição. Uma passada pelo myspace da banda revela canções como Evil, Deportation Day, que são puramente uma suave brisa de verões passados. Aqui dois vídeos, Head Beaches e depois Deportation Day.



sábado, 20 de novembro de 2010

AQUECENDO...

 Com o tumblr em perigosa e desabalada vontade própria nessa manhã de sábado, vamos por aqui mesmo.
Mini show do SMASHING PUMPKINS no Anfiteatro Shoreline, em 30 de outubro de 1999.

Detalhe importante são as duas covers que a banda já solta logo no início, Stay do U2 (???) e depois Ol 55 de ninguém menos que Tom Waits.

Aperte o play e bom dia.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

PARA FECHAR A CONTA

E aí quando menos espera-se em uma sexta feira...

CALIFORNIA WIVES


De Chicago, esse quarteto que nasceu em 2009, lança esse ano o EP Affair. Com vocação de pista de dança desde os primeiros acordes, essa banda foi comparada com algumas pérolas do cancioneiro pop rock. Nomes como Phoenix e New Order foram citados, mas a California Wives não parece entrar na onda de consumismo rápido assolante na música. São cinco músicas onde a necessidade de mostrar-se modernos não é tão latente e a diversão por entre riffs grudentos é a tônica.

Nitidamente influenciada pelos nomes supracitados e ainda por cima correndo por fora em ondas do que acontecia no início dos anos 00 (afinal de contas já se vão 10 anos).
Os rapazes mostram que quando a diversão caminha de mãos dadas com uma linha de bateria nervosa e  catalisadora de reações acetilcolinadas, a música mostra-se mais inebriante e chapadora de emoções. Os sintetizadores cheios de memória devoniana são mais um chamariz dançante.

Dê uma corridinha no site da banda (lá nas bandas citadas) e confere o EP Affair, uma bela surpresa dessa semana que foi no mínimo interessante. Ouça aqui no GD Purple.

California Wives / Purple by GDO2

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

FORMAÇÃO CLÁSSICA

Se existe uma metáfora bem encaixada dentro do rock, a formação dessa nova banda poderia ser então chamada de Seleção Canarinho, Academia Palestrina, Democracia Corinthiana, Santos de Pelé e por aí vai...

FREEBASS


Pelo nome já dá para imaginar que a formação acadêmica vem do famoso instrumento de quatro cordas, que por muitos anos foi quase tão mal tratado quanto a bateria. É de lenda poderosa o fato de que, um baixo mal tocado dentro de uma banda, pode fazer uma catástrofe nuclear parecer um trac. Mas esse três senhores são exemplos de excelência no assunto.

Olha a escalação:
Peter Hook (Joy Division, New Order), Mani Mounfield (Stone Roses, Primal Scream), e Andy Rourke (The Smiths) formam essa banda que já existe há algum tempo. Em uma entrevista para a publicação NME em 2005, Peter Hook explicou como era o funcionamento da Freebass:
"Todas as músicas tem três baixos, Mani faz a parte mais baixa, Andy trabalha nos acordes médios e eu faço toda a parte alta". Com esse modo operacional, a banda de Manchester seguiu sem lançar nenhum material.
Até agora...

TWO WORLDS COLLIDE é o disco de estréia que contará com a pequena ajuda de alguns amigos dos integrantes nos vocais. Gente de peso como por exemplo, Tim Burgess (The Charlatans UK), Pete Wylie (The Mighty Wah!) e Howard Marks (Mr. Nice). O disco, julgando pelo primeiro single (que você ouve e baixa de graça) é de uma prazeirosa e leve conjunção de acordes semi pops. Com uma exaltação ao instrumento obviamente, mas com o poder de notas low-finianas transpassando seus ouvidos e liberando seratoninas sorridentes. De maneira quase infanto-juvenil, a Freebass é uma das bandas que mantém aquele frescor conectado às melodias com profusão de batimentos dos pés no chão.

Ouça sem prejuízo o single IT'S NOT TOO LATE...

It's Not Too Late / Freebass by GDO2

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

SÍNDROME SOUTH PARK

Existem sombras por entre bordões de acordes

NO JOY

Até parece que esse blog anda com camisetas pró Canada e que o desejo deste sacripanta cronista é andar vestido de longos ternos vermelhos e chapéus bem postados da Polícia Montada. Mas não, meu imigrante leitor, não desejo sair de minhas terras brasileiras de ex-pau brasil pé vermelho indígena. Apenas calha de mais uma das bandas aportarem residência em Montreal, no país supracitado.

A banda possui um EP lançado em 2009 (No Joy) e o disco de estréia chama-se GHOST BLONDIE. As canções possuem a mais famigerada veia shoegazinana, mas com uma certa dose de distorção bem vinda. De terras onde a força faz-se presente por cada célula de guitarra e com uma capacidade de preencher o ambiente por completo, a No Joy pode surpreender seus ossículos.
Vamos com muita coisa da banda:
O EP de estréia na íntegra e dois singles do disco de estréia (Heedles e Hawaii).



No Joy / Hawaii by GDO2

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

MAIS UM SINGLE

A banda JJ, ou melhor a dupla, lançou um disco nesse início de ano (JJ nº3) e andavam meio sumidos. Andavam, pois hoje submergiu das atmosferas melancólicas suecas, mais um single.

LET THEM e I'M THE ONE / MONEY ON MY MIND, navegam na já conhecida desilusão que os vocais de Elin Kastlander possuem. A banda não mostra sinais de mudança em relação ao som, mesmo excursionado com os poderosos The XX. Aliás a tristeza brejeira da dupla sueca é o que aproxima as duas bandas. Mesmo com Let Them possuindo algumas nuances de um quase rap depressivo, as canções são boas.
Os singles estão disponíveis para download gratuito e combinam perfeitamente com essa binariedade cinza dessa sexta feira, véspera de feriado prolongado.

JJ / Let Them by GDO2

JJ / Im The One - Money On My Mind by GDO2

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

MUDANÇAS

Mudanças de nomes...

NEW MEXICO


Robert Kent, Jake Bankhead e Dustin Elliott, talvez não imaginassem que mudar o nome da banda de Apes Of Wrath para  Novo México, tornaria o som da banda mais compacto. Mas o projeto anterior já era possuidor de poderio de fogo. Agora o jogo subiu alguns níveis.

O primeiro registro da banda (que ainda não tem gravadora) é o EP Have You Meet My Friend, lançado essa semana. Registro que deixa claro o apelo para uma garagem com rebeldia embebida em sujeira bem destilada. O rock sempre é bondoso com quem escreve canções para ouvir embebedando-se e o disco do New Mexico é assim. Com as evidentes relações iônicas com o punk feito nos anos 80, a banda quase soa como um remake dos Buzzcocks amalgamado com a urgência dos Hives. O que é sempre bem vindo...

Vamos ao que interessa, ABUSED AND AMUSED uma das canções da mini bolacha e depois mais duas ao vivo (Case Closed e Bad Advise), além de uma entrevista.

Abused and Amused / NEW MEXICO by GDO2




terça-feira, 9 de novembro de 2010

O NÃO SABER

Senhores, apostas...

LIA ICES.
Se não existisse a famosa bola de cristal no mundo da música, pode ter certeza que qualquer um dos que escrevem sobre ela, a inventariam (este sacripanta escritor inclusive). Nunca é demais apostar, conjecturar, dizer que já sabia antes. Obviamente existem sempre os extrapoladores, mas isso é coisa de outro carnaval boêmio.
O importante aqui é essa nova cadidata à musa das cordas vocais.

 Lia Ices já vem há algum tempo escrevendo canções e deixando os ritmos assimétricos tomarem contas das notas. Mas esse ano assinou com uma grande gravadora (Jagjaguwar) e terá seu disco de estréia lançado em 2011. GROWN UNKNOWN tem data marcada para 25 de janeiro de 2011 (aniversário de São Paulo) e trará toda a capacidade de abstração que o som da cantora carrega. Auras enuviadas com poderio de hipnose completa. Com uma voz que avança na direção da paz e quietude, mas mantendo os timbres sempre prontos para viradas desconexas.

Para conhecer melhor o trabalho da de Lia, aqui vai o primeiro single do disco que vem o ano que vem,  Grown Unknown. Depois o clip de Half Life.Olho nela...

Grownunknown / Lia Ices by GDO2

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

INFERNAIS...

Em um passado não muito distante...

THE HUMMS
Athens, é notoriamente local de bandas que sempre apresentam uma caixa de ressonância diferenciada. Muito mais do que uma diversão barata, saída para canções que provavelmente trazem muito mais benefícios quando são usadas para grudar sua camada mais interna do cérebro aos seus canais auditivos, sem a mínima previsão de separação.

Em 2008 Zeke Sayer era o feliz dono de um estúdio que tinha duas faces. Ao mesmo tempo em que era local excelente para registrar acordes, também era uma casa móvel dos anos 50. Devidamente assombrada de acordo com o antigo dono. Nesse clima soturno Zeke juntou-se com seu amigo Tyler Gleen e assim a dupla iniciava as gravações das primeiras demos. Logo depois, a presença de John Bleech o trio estava pronto. O primeiro EP dos The Humms foi lançado em 2009, com a banda toda saindo do colegial. ARE YOU DEAD? fez com que o trio embarcasse um uma viagem de 1200 km ao redor do país tocando em qualquer lugar onde existisse um palco.

LEMONLAND, o disco completo, nasceu em agosto de de 2010. A mistura do rockbilly punk nos moldes de outra banda transloucada, o No Bunny, parece mover acordes tão grudentos quanto perigosos. Uma raridade onde não existe lugar para experimentações cheias de eletro-indie shoegaziado, mas uma eletrificada catarse por entre loucuras assimétricas. E viva os Cramps e The Mummies como sempre.

Uma canção e um clip (na verdade dois), ouça Buttermilk, veja Do The Graverobber e The Cool-Aid Man e uma apresentação no mínimo inusitada da banda tocando Freaky

The Humms / Buttermilk by GDO2





sexta-feira, 5 de novembro de 2010

NÉVOA CANADENSE

Dos climas estranhamente aconchegantes...

TEEN DAZE

Desde quando o produtor canadense abriu sua conta no sítio tumblriano e postou algumas canções, a aura cheia de névoas densas chamou a atenção de muita gente lá fora. Não é de graça que este exímio alquimista de átomos nobres em claves de sol, remixou canções de uma tonelada de bandas alternativas (Local Natives, Japandroids, Twin Sister).

A proporção pode ser dividida assim, metade da canção é de alma hipnótica. O outro lado parece navegar por lugares onde a contemplação pode ser arma poderosa de desligamento. Com se fosse possível fazer com que seu cérebro recebesse uma dose extra de melatonina químicamente trabalhada dentro de uma laboratório de metanfetamina. Tubos de ensaio povoados de botões de controle em um estúdio alquímico.

O novo som desse rapaz cheio de idéias imaginéticas chama-se WATCH OVER ME e você escuta abaixo.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O CIRCO...

Por veias quase cheias de gomalina...

AGENT RIBBONS...

A banda nasceu em Austin, em 2006. São quatro anos onde a produção desse trio composto por Natalie, Lauren e Naomi (todas de sobrenome Ribbons), tem nos entrecantos o disco One Time Travel Romance, dois EPs (Agent Raibbons and The Star Crossed Dopplelganger e You Love is The Smallest Doll) e o mais novo trabalho, Chateau Crone. As meninas passeiam nas areias menos escaldantes e mais cheias de reveladoras notas que juntam-se em estilos diferenciados. Do cabaret vitoriano até a linha mais lenta de um showgaze meio atordoado.
Muitas vezes o trio lembra uma dupla que segue na mesma linha quase circense de composição, as The Pierces.

Uma coleção de canções lúdicas e que não tem nenhuma saída fácil, mas sim sempre a inventividade e provocação. Ouça duas da banda, Dada Girlfriend e Don't Touch Me.



sexta-feira, 29 de outubro de 2010

MAIS UMA LEVA....

Não é fanatismo não....

TAHITI 80
Nascidos desde 1993 e com um disco que em 2009 tinha tudo para coloca-los na frente, esse quarteto francês é empolgante. Com tanto tempo de estrada o pop rock eletro dessa banda parece a cada ano ficar um pouco mais redodondo. Activity Center (o disco de 2009) já era bem produzido e tinha todas as canções direcionadas para a pista de dança.

Lançado dia 25 de outubro, o single Solitary Bizness, faixa que faz parte do EP homônimo, que com apenas 80 cópias esgotou-se rapidinho. Uma nova fornada vai sair semana que vem, mas o single já pode ser baixado no site da banda. Ouça aqui uma das faixas do EP, a vulcânica Keys To The City, depois baixe sua versão de Solitary Bizness.



quinta-feira, 28 de outubro de 2010

ABENÇOADOS LISÉRGICOS

Com um som perdido no tempo....

MINI MANSIONS
O trio californiano tem as bençãos de ninguém menos que Josh Homme e o Queens Of The Stone Age. O disco de estréia que será lançado no dia 02 de novembro, foi postado para audição na página do Facebook da banda de Josh. E mesmo sabendo que a gravadora Reckords Reckords provavelmente tem mais culpa dessa conjunção do que o senhor Homme, a banda merece (e muito) uma olhada atenta ao som.

Primeiro porque Zach Dawes (baixo e vocais), Tyler Packford (guitarras e teclados) e Michael Shuman (bateria), deixam a impressão de que moravam em Londres durante os anos de 69 e 71 e passaram grande parte do seus dias espionando o que os Beatles faziam. É quase palpável a influência desses dias no disco de estréia da banda. The White Album, Magical Mystery Tour e Revolver transbordam referências, assim como uma soturnidade muito próxima às canções compostas por Lennon. Mas não são apenas notas inglesas que perfazem essas canções. Existe uma psicodelia contida por entre espaçosos bordéis, onde o teclado da Mini Mansions passeia. E definitivamente a banda foge da receita fácil do shoegaze desse ano de 2010. Muito mais na praia dos garotos da guerra fria.

Como uma canção é pouco e o disco corre o risco de ser um dos mais bacanas de 2010, escute-o logo abaixo.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A LINGUAGEM MÃE....

Ultimamente os franceses....

MONDRIAN
Por mais que não existam possibilidades infinitas, o pop francês tem revelado algumas boas surpresas nesse ano de 2010. Aqui mesmo no GD durante o percorrer desses meses a coleção de bandas tem mostrado-se efervescente. Le Maison Tellier, Nelson, Archimede, Phoenix e os desbravadores do Air são exemplos de que, o povo que orgulha-se de sua língua nativa, gosta mesmo é de cantar em inglês.

Esse trio que prolifera uma coleção de notas que passeiam pelo folk rock e o pop mais cerebral, conseguem nesse seu EP de estréia, POP SHOP, manter os ouvidos atentos e querendo descobrir por onde irão correr as simples mas marcantes passagens dos teclados. Do mesmo jeito que torna-se quase impossível não bater os pés ao som de All The Things Money Can't Buy, uma quase alquimia de Wilco com Ting Tings desacelerado. Sejam pelas batidas lacerantes, ou os acertos nas canções mais calmas, MONDRIAN é um dos nomes à ater-se esse ano.
Ouça todo o EP de estréia da banda.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

ACORDES EM MEMBROS INFERIORES VULCÂNICOS

As vezes a questão não é a novidade....

THE DUKE SPIRIT
fotografia de KRIS ZAYCHER

A banda não é nova, muito menos está lançando o single mais esperado do ano. E nem tornou-se de uma virada de hora para outra, a salvação da lavoura. Mas o quarteto londrino já trocou figurinhas e tocou junto com Queens Of The Stone Age, Black Rebel Motorcycle Club, Supergrass e Eagles Of Death Metal. Tá bom assim??

Não!!! Então continuemos...
A banda vem pelas beiradas desde o lançamento da primeira canção, Darling You're Mean/Bottom of the Sea. O quarteto que conta com Liela Moss (vocais), Luke Ford (guitarras), Toby Butler (baixo) e Olly 'The Kid' Betts (bateria), continuaram percorrendo os arrebaldes até que em 2004, conseguiram um contrato e lançaram o disco completo (Cuts Across The Land). Bem recebido pela crítica, a banda iniciou o processo de evolução do som.

Percorrer garagens sem cair em algum tipo de clichê é uma das melhores características da banda. Uma direção menos pop do que o Metric e enveredando mais nas notas pesadas do Sweethead. E mesmo com essa definição forte do som, The Duke Spirit acaba deixando-se levar pela famosa temática, vocalista com um par de pernas titânicas e uma voz que deixa qualquer marmanjo atordoado. Em compensação os riffs são bem desenhados com peso de lápis escuros e quentes. Nunca deve-se confundir a banda com o folk rock do Kings Of Leon, pois Liela está muito mais par Alison Moshart dos The Kills do que para Caleb Followill.

Veja e ouça aqui, EVERYBODY'S UNDER YOUR SPELLLION RIP.




segunda-feira, 25 de outubro de 2010

EXORCISMOS....

Dos sons tribais...


LYKKE LI
Quando você depara-se com a voz e as notas dessa menina nascida em 1986, nunca imagina que ela desceu para esse plano na Suécia. Tamanha a veia ardente de ritmos tribais e letras como "eu sou sua prostituta, você terá o que é seu". Antes desse par de canções novas (que serão lançadas em um EP logo mais), a cantora trabalhou com ninguém menos que N.A.S.A., Santogold e Kanye West.

Duas faces diferentes de uma mesma e talentosa moeda. GET SOME, a primeira é suingada dança indígena com o nervosismo perfeito para qualquer pista e PARIS BLUE é de uma melancolia tão grandiosamente bela que é difícil não emocionar-se. E veja bem meu boateiro leitor, notícias davam conta de que nossa mais nova figurinha no álbum das musas cantoras, estava compondo e filmando para superar uma depressão pós turnê, assim como um coração partido.

Ouça GET SOME e PARIS e veja se Lykke exorcizou tudo...





ATUALIZAÇÃO:

Ontem saiu o vídeo para o single Get Some, confere logo abaixo...

sábado, 23 de outubro de 2010

DENSAMENTE ASSUSTADORES

Existe uma certa antecipação quando o assunto são duplas que adentram pelas portas mais densas. Como se um novo membro de uma linhagem sanguínea iniciada nos porões helicoidais de uma Portishead ou Björk, surgisse.

PAPER CROWS
Instalados logo após o nascimento de Bat For Lashes, Good Nature ou Nendry, essa dupla formada por Emma Panna e Duncan McDougall mostram que em algum ponto na linha da realidade paralela, onde vivem os grupos criadores desse clima etéreo e densamente povoada por alucinações quase opacas, reside uma força onde as notas distorcem realidades tornando o sombrio em estímulos auditivos que são de uma pureza extrema.

Mesmo a dupla reunida por apenas um ano, a maturidade que as composições possuem são devidamente assustadoras. A canção que você ouvirá aqui no GD (STAND ALIGHT) tem levezas binariamente colocadas em forma de hipnose, fazendo com que a canção pareça construída por uma banda que tem muito tempo de estrada.
Mas o destaque é a voz tenebrosamente doce de Emma. Algo como se as mais profundas covas pudessem tecer os mais sedosos toques. De uma beleza que assusta, mas definitivamente uma das vozes mais bonitas desse ano.
Além de Stand Alight, a banda gravou uma cover para a canção CLOUDBUSTING de Kate Bush. Fica claro o porque ao ouvir o som.



sexta-feira, 22 de outubro de 2010

ESTRÉIAS

Eles apareceram há algum tempo nos podcasts...

KORDAN
 O trio do Brooklyn caminha por entre o shoegaze contendo pedaços de eletro-pop sombrio. A raiva substituída pela calmaria de não ter a intenção de sobrecarregar ouvidos dentro de instavéis distorções. O vídeo de Mirror já mostrava que a banda não tinha a menor intenção de permanecer dentro de uma destemperada vibração sônica. Sorte de quem gosta das especulações abstratas de ritmos muito mais vagarosos do que atormentados.

Uma bela fusão de fim de tarde cinza. Ouça a própria MIRROR e CLOSER, duas faixas de THE LONGING o disco de estréia.



quinta-feira, 21 de outubro de 2010

FRANCESES E SUAS DECISÕES...

Franceses...

BOOLFIGHT

A virada do ano de 2005 para 2006, foi marcante para esse quarteto parisiense. A decisão de gravarem o EP homônimo, deu início ao encontro da banda com seu som. Antes vagando por muitas influências que variavam desde a matemática ao pop estridente, o Boolfight até então era mais um amontoado de estilos desconexos. A mini-bolacha deu um porto e direção ao som da banda. O que foi uma decisão acertada, pois desde então os rapazes vem produzindo uma certa  bela quantidade de canções com um apelo pop-femoral incrível. Na sequência do primeiro trabalho, vieram mais dois EPs.

From Zero to One, de 2009 e o mais novo trabalho da banda, MULTIPLE DEVILS. Uma coleção de seis músicas que mostram a relevante veia que ainda distribui uma gama de phoenixidades pelas notas. Dificil é manter seus pés parados e acompanhando o ritmo dessas melodias que tem uma melancolia quase morriseyniana, mas de beleza e força equivalentes. Vale o quanto gasta a sola de seu tênis.
Ouça todo o novo EP da banda aqui no GD...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

DESTINO

Muitas vezes o destino não deixa nada passar...

TROPHY WIFE

Já há dois dias esse vídeo bate na porta binária do meu nasal, mas por algum motivo eu não consigo terminar de ouvir a canção e por um questão de hiperatividade mongolóide acabo correndo por outros afazeres.
Mas essa banda de Oxford parece que não sairá das proximidades de meus estribos e bigornas enquanto eu não ouvi-los corretamente. Sinestesias de destino que muitas vezes podem ser carregadoras de acordes estranhamente belos.

Nos sítios geográficos dos grizzilianos tons, onde o pop torna-se menos palatável e inicia um processo mais cerebral, como na mesma casamata de bandas como Wild Beasts e Dirty Projectors. O trio nesse momento anda viajando com outros matemáticos, os FOALS. O single MICROLITE é o primeiro e a cena do cereal é uma das mais psicotrópicas da paróquia....

terça-feira, 19 de outubro de 2010

OUTRO LEMONHEAD????

Elas já haviam feito talvez a melhor cover do ano


THE SUZAN

E agora elas foram mais audaciosas ainda. Dessa vez  KANYE WEST foi o escolhido e a canção PARANOID é a bola da vez.
Estaremos todos nós diante de mais um caso de Lemonheadnismo ou as meninas do Japão apresentarão algo além disso?

Apenas o tempo se encarregará de sanar a dúvida.Ouça a versão das The Suzan....

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

MELODIAS E QUEBRA CABEÇAS....

Aliás a apresentação da banda SEABEAR, que foi gravada em Nova Yorke e gerou o vídeo da canção Arms, apresenta um design diferente e lindo demais.
A ilustradora Melaine durante as canções, fez uma ilustração da banda que foi usada como abertura nos dois vídeos. Combinando-os tem-se o desenho todo.
Uma bela sacada para uma tarde onde havia violão, violino, donuts e canções. As duas músicas são LION FACE BOY e LEAFMASK.



FITINHAS VIRTUAIS....

Mixtapes oficiais.

THE BIG PINK

A banda revelação de 2009 com o bate estaca DOMINOS, anda afastada dos holofotes mais reluzentes. Nem por isso a situação denota algum tipo de conformismo ou inatividade. 2010 tem sido um ano de agenda cheia para os ingleses que tocaram nos principais festivais do planeta. E agora lançam o primeiro disco de mixtapes compiladas por Milo Cordell, feito exclusivamente para os fãs da banda.
Com uma fonte disneyniana e uma capa mais do que paquidermicamente lisérgica, com nuances dos sonhos de Dumbo e Fantasia, o track list eclético escolhido pelo Big Pink foi esse:

1. GR†LLGR†LL 'Slow Dancing'
2. Love Distance 'Move On The Rain
3. Gang Gang Dance 'Ego War'
4. Joker 'Snake Eater'
5. Active Child 'Body Heat (So Far Away)'
6. Henny Moan 'Vreg Dreams (Little Slow Mix)'
7. Sewn Leather 'Smoke Ov The Pvnk'
8. Balam Acab 'See Birds'
9. Yusuf b 'kiss the nite'
10. ZVA 'Nothing'
11. No Bra 'Minger (These New Puritans Remix)'
12. JJ 'Let Go'
13. Salem 'Dirt'
14. Light Asylum 'Shallow Tears'
15. The Big Pink 'Velvet (BDG Remix By Gang Gang Dance)'
16. Actress 'Hubble'
17. oOoOO 'Mumbai'
18. The XX 'Fantasy'
19. Horse Macgyver 'Tetanus Wine'

As canções escolhidas pela dupla para ilustrarem esse novo passo do Big Pink, estavam espalhadas pela internet e algumas delas nem gravadas foram. Em um trabalho de pesquisa e remizagem incansável de Millo.
A banda ainda está "doando" uma das canções que aparecem na mixtape, Henry Moan (Vreg Dreams), que você pode ouvir abaixo e depois correr AQUI.

sábado, 16 de outubro de 2010

DUETOS QUASE BARULHENTOS

Não tinha me empolgado com o pop da Virginia, mas...


ETERNAL SUMMERS

A dupla forma uma equilibrada mistura de psicodelia suave e rock alternativo dos anos 90 e 00, perfazendo mais do que apenas hinos poptônicos palatáveis. As músicas tem o equilíbrio certo entre a estranheza e a delicadeza dos acordes mais assoviáveis. Talvez pela formação White Stripes às avessas (o feminino na guitarra e o masculino na bateria), essa balança Yin-Yang da cena indieanista funcione tão bem.

Remetendo aos shoegazianos entrecantos de galáxias com mais de quinhentas claves bem afinadas, o Eternal Summers é uma das boas surpresas dentro de qualquer lista de revelações desse ano. Além do que é capaz de fazer uma cover com uma competência e beleza ímpar, como você confere aqui no GD com a canção SALTY SALUTE (originalmente do Guided By Voices). De quebra o video clip de SECRET LANGUAGE e o single POGO.





DISTORÇÕES CAMPESTRES

E em tardes de sábado onde a procura pelo cigarro parece ser mais forte que a vontade de parar de fumar....

J-RODDY WALTSON AND THE BUSINESS
Esse trio de Baltimore vem com algo que em muitas notas parece com o início do caminho dos Followill. Uma mistura bem atomizada de country rock e blues garageiro de primeira. Mas as semelhanças terminam por aí.
Não existe uma singela célula de boy bandismo na banda. Os sujos riffs de guitarra que povoam catedrais mais mississipianas em canções como Use Your Language, fazem um belo contraponto com o peso de acordes distorcidos. Aquela famosa fusão zeppeliniana que sempre será bem vinda aos poços auditivos de serumem corrosivo.

Muito mais dentro do contexto de raízes do que seus compatriotas, esperamos que realmente a banda enverede muito mais pelo caminho trilhado pelos Black Keys do que pelos Reis de Leon...
Aqui no GD duas, USE YOR LANGUAGE e FULL GROWING MAN.



quinta-feira, 14 de outubro de 2010

DISTORÇÕES LONDRINAS

Dos climas tenebrosos....

BLINDNESS
O quarteto londrino parece ter saído de alguma profundeza sombria e cheia de riffs tectônicos. Existe uma rebeldia motociclística somada à uma européia voz de estilo suédico. Nada que comprometa o peso e a transcendência em eletrostática de solos distorcidos e baterias levemente desconexas. Com uma leve disseminada do pós punk dos anos 80, esses ingleses poderiam muito bem enveredar para um rock empoeirado, sujo e bluseiro, mas preferem ter metalizações mais drásticas.

O EP CONFESSIONS já rola pela eletrosfera virtual desde o mês passado, mesmo a banda em estado de sublimação inicial de suas claves de sol atomizadas. Para ouvir com o som aos berros.
Aqui no GD duas, CONFESSIONS e BROKEN.




quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A MELHOR COVER DO ANO??? (QUE DISPARATE!!!)

Todo mundo sabe que de vez em quando uma cover aparece.....

THE SUZAN


Existe uma infinidade de bandas japonesas (tá uma infinidade não), que conseguem definitivamente sair da linha média do mundo alternativo, que copia o que sai do Brooklyn, L.A. ou qualquer parte da Inglaterra. O Go!go!go! é um exemplo mais bacana. Porém, as meninas da THE SUZAN deslocaram todos os tímpanos nessa versão da faixa que fecha o disco Is This It? dos queridinhos STROKES, TAKE OR LEAVE IT.

A versão das meninas japonesas é no mínimo interessante. Primeiro pelo estilo de cantar mais turístico possível. Take or leave it virou take or reave it e leave alone virou reave me arone. Mas as japonesas sabem bem o que fazer com todo o punk pop delas, você pode até dar uma corrida no my space e não se arrepende (lá no bandas citadas).
O importante aqui é a mistura de tecnologia quase B'52's com uma punk de botique impossível de ficar parado e mesmo a versão não aparecendo no disco novo das meninas, Golden Week For The Poco Poco Beat, já é candidatíssima a melhor cover do ano.
Confere...



Vale à pena lembrar que os Arctic Monkeys tem uma versão matadora da mesma música, mas não é desse ano...